quarta-feira, 4 de maio de 2016

Dor na gravidez!





A presença de dor nas costas é um dos problemas mais comuns durante a gravidez. Estima-se que 50 a 80% das mulheres grávidas, apresentam algum tipo de dor lombar. Essas dores aumentam principalmente se a mulher apresentava esta queixa antes de engravidar. Além disso, esse sintoma pode perdurar no período pós-parto e continuar interferindo em sua rotina diária e, conseqüentemente, em sua qualidade de vida.

Existem dois tipos mais comuns de dor nas costas durante a gravidez:

1. DOR LOMBAR
Localizada na região inferior da coluna, pode ou não, sentir a dor irradiando para a perna.
Piora com fato de permanecer muito tempo sentada ou em pé.  

2. DOR PÉLVICA POSTERIOR (SACRO-ILÍACA)
Quatro vezes mais freqüente do que a dor lombar,
a dor estende-se para os glúteos e região posterior da coxa, não ultrapassando o joelho. Pode ser bilateral e estar associada com dor na sínfise púbica.  A dor não desaparece rapidamente com o repouso e geralmente persiste por um certo tempo após o nascimento da criança.
20% das mulheres apresentam tanto a dor lombar como a dor da sacro-ilíaca.

FATORES DE RISCO PARA A DOR NA COLUNA NA GESTAÇÃO

Mulheres que já apresentavam dores nas costas antes de engravidar
Ficar muito tempo sentada, principalmente com o corpo inclinado para a frente (no computador)
Levantar–se de uma cadeira baixa
Carregar peso
Usar sapato de salto alto
Aumento de peso > 10 kg durante a gravidez

DOR NA COLUNA APÓS O NASCIMENTO DA CRIANÇA
Após o nascimento da criança, o corpo da mulher vai sofrer uma nova transformação, e, muitas vezes, neste processo, muitas mulheres apresentam dores na coluna. Isto também é desencadeado pela sua atividade com o bebê, que a coloca em posturas muitas vezes inadequadas durante o processo de amamentação, dar banho ....

TRATAMENTO

No passado as mulheres tinham que aceitar a presença da dor nas costas, simplesmente, como parte do processo da gestação. Hoje em dia sabemos que existem causas específicas com tratamentos mais específicos. O objetivo é manter uma boa função durante a gestação com o mínimo de desconforto.
Se sentir dor nas costas, e/ou outros desconfortos procure um tratamento fisioterápico especializado.
Previne-se e cuide-se para uma maternidade mais feliz e sem dores!

Elaine Spinassé Camillato - Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia Mestre em Ciências da saúde

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Você tem dor na relação sexual? Relata de uma ex-vagínica! Tratamentos realizados: Fisioterapia pélvica e terapia. Vale a pena ler tudo!


Sempre senti dor nas minhas relações sexuais. Desde a primeira vez, aos 18 anos. No inicio achava que era normal, pensava que podia ser problema de himem ou simplesmente achava que era por que nao tinha experiência e que a dor passaria.

Tive poucos parceiros na vida, e senti dor com todos eles. Mas nao me queixava pois eu sempre estava envolvida emocionalmente e isso me trazia algum tipo de prazer ou realização, nao sei bem o que, mas alguma satisfacao. 

Com o tempo comecei a perceber  que nao era so questão de nao ter experiência, mas algo estava errado ali… Nao so por que sentia dor, mas me sentia tambem diferente das outras amigas quando conversavamos sobre sexo. Nao conseguia ter aquela naturalidade e nem achar onde estava toda essa sensasao boa que me descreviam. Um dia, um grande companheiro que tive, e inclusive ele é meu amigo ate hoje  me alertou que nunca sentiu em mim uma grande entrega quando estivemos juntos. Eu devia ter uns 22 anos…. eu o amava muito talvez por isso insistia em ter relacoes sexuais, mas sentia dores todas as vezes, porem eu fazia mesmo assim. 

As dores nesse período eram mais ligadas a penetração, e nao ao toque corporal. A sensacao se eu puder descrever em palavras seria parecida com um objeto pontiagudo com lamina sendo introduzido dentro do canal vaginal. As vezes sentia como se meu canal fosse pequeno demais e nao dilatasse, assim trazendo uma sensacao que estava me rasgando por dentro. A dor era intensa e piorava com o tempo. 

 

Conheci um medico, residente na época, eu já devia ter uns 26 anos, ficamos juntos algumas vezes, e ele era muito carinhoso comigo e também deixou claro que eu tinha um problema, e foi a primeira vez que escutei a palavra vaginismo. Ainda assim nao procurei saber o que era. Nao sei como, mas achei que ia passar.

Logo após esse meu amigo medico, conheci o homem que entao viria me casar. Ele morava fora do Brasil e estava aqui a passeio. Ficamos juntos logo na primeira vez, senti dor, mas também senti que poderia ter algo bom ali… era tudo muito confuso nessa época e eu passava por problemas de familia que me faziam desesperadoramente colocar meus problemas pessoais de lado. Esse ano era 2006 e eu estava me preparando para morar fora, por coincidencia no mesmo pais que ele morava. Me mudei  no inicio de 2007 e começamos um relacionamento a distancia, pois moravamos em estados diferentes. Havia amor, mas novamente nao havia prazer. Como minhas outras relações, eu sempre me contentava em minha realização baseada no sentimento, e nao nas reações sensoriais que o ato sexual com amor trazem. Nessa época isso ainda era possível. Eu queria muito que desse certo, entao nao contei para ele o que eu tinha. Apenas nao reclamava e rezava para que eu me acostumasse e a dor iria passar.

Depois de um ano me mudei para cidade dele, nos aproximamos ainda mais e fui percebendo que a cada contato mais e mais progressivamente eu poderia perceber mais dores. Comecei a sentir muito incomodo ao mudar de posição durante o sexo. Passados alguns meses sentia desconforto ao toque das mãos e em algumas partes intimas… Fui levando a situação como pude, evitando algumas vezes o ato sexual… isso trouxe um incomodo na relação. 

Passado um ano, viemos ao Brasil de ferias no final de 2009 e fui ao ginecologista, uma medica muito confiavel da minha família a mais de 20 anos. Conversando com ela após mais uma tentativa frustrada de fazer o exame papa Nicolau, ela me disse que eu tinha vaginismo e que achava que eu nao sabia disso. Me explicou o que era essa disfunção e me indicou um medico sexologo. E eu nunca fui pois o medico era homem e nao me sentia bem em algum homem me tocar, mesmo que fosse medico. Naquele dia descobri que estava com cândida e herpes vaginal… Minha medica me explicou que nao necessariamente poderia ter desenvolvido a herpes do meu entao namorado, pois esse vírus poderia estar em mim ja algum tempo. Fui embora de la sem paz. Pois no fundo sabia e me culpava por isso que meu namorado poderia estar sim me traindo pela falta de sexo. Eu me coloquei na posição que eu teria que satisfaze-lo para não perde-lo.

Voltando do Brasil, no mesmo exato dia, descobri que era verdade, que meu namorado me traia. Sem mais rodeios, depois de pouco tempo o aceitei de volta, achei que de alguma forma era minha culpa, ja que eu não correspondia ao desejo sexual de um jovem. Nessa época meu vaginismo ja estava bastante desenvolvido, muito sensível ao toque e a penetração. Mesmo assim, movidos por algum tipo de sentimento resolvemos nos casar no inicio de 2011. Mal conseguíamos nos tocar, mas mesmo assim nos casamos. 

Esse ano foi muito difícil, tentei compensa-lo de todas as formas, tentávamos alternativas que eliminavam a penetração, como sexo oral por exemplo. Tivemos muitas brigas e isso tudo era muito desgastante emocionalmente. No fim desse ano descobri que ele me traia novamente com a mesma mulher.  Meu medo de sair da relação e ter que começar de novo era tanto que o aceitei de volta. 
Pensava que era melhor ficar com ele que ja sabia de meus problemas do que ter que parecer louca, frigida ou algo assim para outro homem. 


Resolvemos fazer terapia de casal. O ano de 2012 passou… pouco evoluímos ou chegamos a lugar nenhum. Muitas vezes eu desejava que ele me traísse, para que eu nao precisasse satisfaze-lo seja de que forma fosse. A dor evoluiu de uma forma tao descompensada que com o tempo nao doia só de ser tocada, mas doia e causava nojo de toca-lo também. Chorava muito quando tentávamos, também desejava virar freira para nao ter que passar por isso novamente, todos os tipos de pensamentos assombram sua cabeca nesas horas…Tentar descrever a dor e difícil, mas nesse ponto era insuportável, como tentar colocar um elefante numa lata de sardinha. Mas pra ser bem precisa, como descrevi acima, a dor nada mais e do que sentir na hora da penetração como se algo pontudo, como ou uma navalha estivesse entrando dentro de você e seus tecidos por dentro inflamados. Acho que essa e a melhor descrição. Ao ser tocada nos seios, a sensação era como se estivesse em carne viva, ao ser beijada, o corpo todo ja doía, se antecipando para o pior. 

Nessa fase, ja entravamos em 2013, viramos o ano e ele decidiu sair de casa, nao sabia se podia continuar mais. Me desesperei e finalmente consegui voltar a ler sobre o assunto vaginismo. Ao pesquisar na internet descobri muitos sites legais e informativos. Li muito informações em sites como www.vaginismus.com a uma variedade de blogs escrito por pessoas como eu, que sofriam de vaginismo. O site vaginismus.com e um site formal que contem informações muito educativas e importantes para a compreensão da disfunção. Também tem dicas de tratamento e relatos de pessoas com o mesmo problema. Outros sites e blogs que achei importante foram os que relatavam as experiências das pessoas com o tratamento. Vejam alguns sites abaixo:

Como disse anteriormente, eu ja havia procurado fazer pesquisas sobre vaginismo quando fui diagnosticada, mas a realidade pra mim naquele tempo era dura de mais e eu nao queria acreditar ou confrontar. Agora, com toda a situacao de minha vida desmoronando, eu resolvi ler, ler e ler, ler tudo que eu encontrasse a respeito do assunto ainda muito desconhecido por mim. A cada site que eu abria eu descobria o quanto doia ler sobre isso… a cada depoimento que eu absorvia eu me via nas linhas das historias daquelas mulheres. Chorei muito, um choro de dor e desespero. Certos depoimentos tinham historias que casamentos terminavam, familias se desfazendo e muito desespero, por isso temos que ler cada site e depoimento ate o fim, para perceber que ha esperanca e que essas mulheres em sua grande maioria estao muito melhores agora. No inciio das leituras foi muito dificil, por que percebi que o tratamento seria longo e doloroso. Os relatos, apesar de animadores, pois me apresentavam uma solucao para meu problema, me amedrontavam ao mesmo tempo por que me soavam agressivos e tocavam bem no ponto onde tinha medo: era preciso usar aparelhos em eletrodos dentre de mim… isso me aterrorizou. 

Mas confesso, que o que me impulsionou mesmo a me tratar foi o fim do meu casamento… percebi que esse problema nao estava afetando so a mim, mas tambem afetaria qualquer relacionamento que eu viesse a ter na vida. Pedi ajuda a minha familia, me abri com meus parentes proximos e isso foi libertador. Por muitos anos estava sozinha com essa dor, dor fisica e emocional. A unica pessoa em que eu dividia na epoca era meu ex marido, que ao invez de me apoiar, me ajudar a procurar ajuda, pesquisar informacoes, me traiu e me fez acreditar que eu era a grande culpada de tudo isso. Entao ter minha familia para me apoiar foi essencial.

Aprender sobre o vaginismo em sua teoria e fundamental para te dar forca para comecar o tratamento, saber sobre suas contracoes involuntarias e o que isso te causa internamente e muito importante. E toda essa leitura me ajudou muito. Foi quando em uma das pesquisas descobri que eu teria que aceitar procurar o tratamento psicologico, mas tambem o fisico, a fisioterapia pelvica. E foi assim que comecei a respirar novamente. 

Voltei para o Brasil e encontrei minha fisioterapeuta, ela me indicou uma psicologa especializada. Costumo dizer que as duas juntas salvaram minha sanidade! Comecamos o tratamento de fora para dentro. Quero dizer com isso que primeiro ha uma conversa longa sobre as formas de exercicio, os equipamentos usados e um passo a passo de tudo que podemos fazer juntas para levar a melhora da disfuncao. O meu tratamento comecou realmente de fora para dentro, tirando nodulos do lado externo da regiao pelvica, com exercicios de contracao e relaxamento da pelves, bolsa de água quente, exercicios respiratorios e muita conversa para o entendimento correto do meu corpo… conciencia corporal é vital para cura do vaginismo.

Em uma segunda etapa, intrudizimos o eletrodo e o aparelho de balaozinho. Esses momentos sao aqueles em que muitas mulheres desistem…. desistem por que realmente sao dolorosos, mas a boa noticia e que funcionam tambem! Se voce insistir, controlar sua respiracao, focar muito no seu objetivo, sua dor diminui gradativamente em cada sessao. Torna-se muito nitido a melhora, trazendo uma sensacao de orgulho, esperanca de uma vida normal!

 Passou-se alguns meses e continuei firme no tratamento, ate que um dia comecei a namorar. Eu era proibida na epoca de ter relacoes, minha fisioterapeuta nao havia liberado ainda. Entao focamos ainda mais na minha consciência  corporal, para que eu ficasse conciente de quando os movimentos, mesmo que contracoes involuntarias pudessem vir. Quando fui liberada, logo tentei ter relacao sexual claro que tive medo, mas estava forte o bastante para tentar. Quando tentei tive uma surpresa, nao havia dor… foi uma relacao onde tambem nao houve orgasmo, mas nao houve dor!!!! Foi um dos dias mais felizes de minha vida! Ainda hoje, nao tenho orgasmo, trabalho pra isso…. Aprendi que temos fases a superar, a minha fase da dor foi superada, mas continuo na fisioterapia para poder me conscientizar agora que alem de sem dor, pode haver o com prazer tambem e tenho muita fé que isso ira acontecer! 

Em resumo, sei por que senti na pele o que é ter vaginismo. Passei pela fase da negação, desespero, aceitação e alivio. Queria que ficasse muito claro o quanto sou afortunda por encontrar um tratamento, e por encontrar forças para nao parar o tratamento no meio. Nenhuma mulher merece a vida com vaginismo, precisamos superar o medo da dor e procurar encontrar o caminho da cura. 
Cada uma de nós tem uma razão de ter essa disfunção, não sou medica e nenhuma especialista, mas sei que talvez os motivos sejam por abuso sexual, repressao religiosa e etc, Nao foquei aqui em dizer o que levou o vaginismo a minha vida, pois acho que seja o motivo que for, TERAPIA, fisica e emocional e muita forca de vontade curam todos esses problemas! 

Espero ter ajudado alguem! :)



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Você tem dor na bexiga? Vontade de urinar toda hora? Dor na relação sexual?

Esses sintomas podem ser decorrentes de uma patologia chamada: Cistite intersticial (CI) que é uma síndrome de etiologia desconhecida, multifatorial, que provoca sintomas no trato urinário inferior como aumento na frequência urinária, urgência miccional, noctúria, acompanhada de dor vesical que frequentemente é aliviada após a micção. A prevalência é maior nas mulheres, que podem apresentar dor em região suprapúbica, perineal, vaginal e, não raramente, dispareunia. A conduta terapêutica é difícil, pela baixa eficácia nos tratamentos oferecidos e pelo alto impacto da doença na qualidade de vida dos pacientes. 

A fisioterapia é um tratamento promissor e de papel fundamental na melhora sintomatológica e redução da disfunção do assoalho pélvico, que comumente acometem os portadores desta dessa síndrome. Apesar da escassez de trabalhos científicos, principalmente no Brasil, utilizando apenas técnicas fisioterapêuticas, esta revisão discutiu o papel da fisioterapia na CI, enfatizando a terapia manual para o assoalho pélvico (massagem perineal) e a terapia comportamental como técnicas mais empregadas para alívio dos sintomas e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. 


quinta-feira, 19 de março de 2015

MOTIVOS PORQUE TODA MULHER DEVERIA FAZER FISIOTERAPIA DE PERÍNEO

Posted by Laura Della Negra

Quem nunca ouviu a avó dizendo que perde urina? Uma amiga que acabou de ter bebê reclamando de flacidez vaginal ou às vezes até mesmo perda de gases vaginais.Uma amiga que pratica corrida ou outros esportes de impacto e perde urina?

Pois saiba que 30 % das mulheres não tem consciência do assoalho pélvico. E não é culpa nossa, como conhecer um músculo que não sabemos ao menos onde fica?

Ocorre que muitas vezes o profissional que nos dá aula de ginástica também não sabe. Por diversas vezes esse músculo é confundido com o glúteo e os adutores (bumbum e parte interna da coxa). Assim, como ele está numa região “íntima” não é possível reconhecer a contração, e o profissional não pode dar um exemplo mostrando como fazer o exercício.

Antigamente a incontinência urinária era encarada como uma doença de idosos.Entretanto, a incontinência urinária (IU) é uma queixa comum na população feminina em geral, com taxas que variam entre 10% e 55% em mulheres de 15-64 anos. Em praticantes de esportes pode variar de 0 a 80%.

Os fisioterapeutas especializados em reabilitação do assoalho pélvico sabem reconhecer e avaliar essa musculatura comexames e testes específicos. Existemexercícios específicos que devem ser dados às mulheres que tem falta da consciência dessa musculatura e exercícios avançados que são dados a mulheres que já sabem contrair.

A idéia do fisioterapeuta deve ser de ensinar e orientar a mulher sobre: como, onde, e quando realizar as contrações.

Posted by Laura Della Negra


segunda-feira, 16 de março de 2015

Exercícios físicos evitam perda do desejo sexual

Pesquisa constata que mulheres sedentárias têm mais problemas de libido do que as ativas

Fonte: jornal O DIA do RJ

Rio - Ao liberarem hormônios que geram bem-estar e prazer, as atividades físicas podem evitar a perda do desejo sexual, um dos principais problemas enfrentados por mulheres de meia idade. Após analisar 370 voluntárias entre 40 e 65 anos, pesquisadores brasileiros constataram que 67% delas apresentaram algum grau de disfunção sexual. Entre as mulheres sedentárias, a taxa foi maior (79%) quando comparadas às ativas (57%). 

Ginástica libera hormônios que geram bem-estar, por isso atividade é fundamental na meia idade
Foto:  Istock

Durante o estudo ‘Atividade Física e Função Sexual em Mulheres de Meia Idade’, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, os cientistas utilizaram a escala Female Sexual Function Index (FSFI) para avaliar a atividade sexual das voluntárias, seja no quesito desejo, orgasmo, lubrificação ou excitação. Na FSFI, é considerado bom nível sexual quem obtém número maior que 26,55. Entre as participantes da pesquisa que sofrem de alguma disfunção sexual, as sedentárias obtiveram resultado de 15,6, em média. Já as ativas, de 20,9. 

O principal fator que leva à diminuição do desejo sexual é a menopausa. Segundo Décio Luis Alves, integrante da diretoria da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, esse período propicia uma perda de hormônios responsáveis pelo estímulo de bem-estar, como estrogênio e a testosterona. “A queda dos hormônios está diretamente ligada à diminuição da libido, inclusive com a queda da lubrificação”. 

Décio ressalta que o exercício físico regula os ciclos menstruais, além de melhorar o fluxo do hormônio DHEA, que libera a testosterona. “Com a atividade, o organismo produz mais endorfina e serotonina, hormônios relacionados ao prazer, e a mulher cria maior autoestima e mantém o peso, ajudando, assim, a produção de libido. O exercício físico dá mais força e agilidade”, afirma.

Avaliação médica indica melhor tipo de tratamento 

As mulheres que tiverem problemas de perda de desejo sexual podem procurar, além de exercícios físicos, um tratamento com remédios hormonais. “Esse tipo de medicamento ajuda a reprodução hormonal. Antes e durante o tratamento é preciso fazer alguns exames, como mamografia e ultrassonografia, para saber qual será o melhor tratamento e se a pessoa não tem alguma doença grave”, alerta Décio. 

Caso o exercício físico e os medicamentos hormonais não funcionem, o ideal é procurar a ajuda de um psicólogo ou um sexólogo. “Por vezes, essas mulheres podem ter problemas no relacionamento ou algum motivo que as inibam de ter relação sexual, como religião”, acrescenta o especialista.