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sábado, 28 de maio de 2016

Mulheres, vocês conhecem seu corpo? Sua vagina?

Muitas mulheres, as vezes motivadas por tabus, desconhecem os detalhes e não dedicam a atenção necessária  à sua própria vagina. Esse é um comportamento equivocado, já que é importante para a população feminina ter intimidade com o corpo e conhecimento sobre o órgão sexual. O que se sabe é que o distanciamento pode gerar muitas frustrações emocionais.

 

Falta de intimidade com a vagina

 

Pesquisa do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP), identificou que 40% das mulheres brasileiras não se masturbavam.

 

A falta de conhecimento do corpo, para especialistas, ocorre pela cultura, já que as meninas muitas vezes crescem com a ideia de que não devem manifestar desejos sexuais. Como ato involuntário, acaba reprimindo suas vontades.

 

A falta de manifestação dos desejos sexuais faz muitas jovens não terem intimidade com a vagina. Isso também faz as mulheres demorarem a alcançar um orgasmo, pois não sabem o que é prazeroso ou não. Consequentemente, não dizem ao parceiro o que as estimula.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Você tem dor na relação sexual? Relata de uma ex-vagínica! Tratamentos realizados: Fisioterapia pélvica e terapia. Vale a pena ler tudo!


Sempre senti dor nas minhas relações sexuais. Desde a primeira vez, aos 18 anos. No inicio achava que era normal, pensava que podia ser problema de himem ou simplesmente achava que era por que nao tinha experiência e que a dor passaria.

Tive poucos parceiros na vida, e senti dor com todos eles. Mas nao me queixava pois eu sempre estava envolvida emocionalmente e isso me trazia algum tipo de prazer ou realização, nao sei bem o que, mas alguma satisfacao. 

Com o tempo comecei a perceber  que nao era so questão de nao ter experiência, mas algo estava errado ali… Nao so por que sentia dor, mas me sentia tambem diferente das outras amigas quando conversavamos sobre sexo. Nao conseguia ter aquela naturalidade e nem achar onde estava toda essa sensasao boa que me descreviam. Um dia, um grande companheiro que tive, e inclusive ele é meu amigo ate hoje  me alertou que nunca sentiu em mim uma grande entrega quando estivemos juntos. Eu devia ter uns 22 anos…. eu o amava muito talvez por isso insistia em ter relacoes sexuais, mas sentia dores todas as vezes, porem eu fazia mesmo assim. 

As dores nesse período eram mais ligadas a penetração, e nao ao toque corporal. A sensacao se eu puder descrever em palavras seria parecida com um objeto pontiagudo com lamina sendo introduzido dentro do canal vaginal. As vezes sentia como se meu canal fosse pequeno demais e nao dilatasse, assim trazendo uma sensacao que estava me rasgando por dentro. A dor era intensa e piorava com o tempo. 

 

Conheci um medico, residente na época, eu já devia ter uns 26 anos, ficamos juntos algumas vezes, e ele era muito carinhoso comigo e também deixou claro que eu tinha um problema, e foi a primeira vez que escutei a palavra vaginismo. Ainda assim nao procurei saber o que era. Nao sei como, mas achei que ia passar.

Logo após esse meu amigo medico, conheci o homem que entao viria me casar. Ele morava fora do Brasil e estava aqui a passeio. Ficamos juntos logo na primeira vez, senti dor, mas também senti que poderia ter algo bom ali… era tudo muito confuso nessa época e eu passava por problemas de familia que me faziam desesperadoramente colocar meus problemas pessoais de lado. Esse ano era 2006 e eu estava me preparando para morar fora, por coincidencia no mesmo pais que ele morava. Me mudei  no inicio de 2007 e começamos um relacionamento a distancia, pois moravamos em estados diferentes. Havia amor, mas novamente nao havia prazer. Como minhas outras relações, eu sempre me contentava em minha realização baseada no sentimento, e nao nas reações sensoriais que o ato sexual com amor trazem. Nessa época isso ainda era possível. Eu queria muito que desse certo, entao nao contei para ele o que eu tinha. Apenas nao reclamava e rezava para que eu me acostumasse e a dor iria passar.

Depois de um ano me mudei para cidade dele, nos aproximamos ainda mais e fui percebendo que a cada contato mais e mais progressivamente eu poderia perceber mais dores. Comecei a sentir muito incomodo ao mudar de posição durante o sexo. Passados alguns meses sentia desconforto ao toque das mãos e em algumas partes intimas… Fui levando a situação como pude, evitando algumas vezes o ato sexual… isso trouxe um incomodo na relação. 

Passado um ano, viemos ao Brasil de ferias no final de 2009 e fui ao ginecologista, uma medica muito confiavel da minha família a mais de 20 anos. Conversando com ela após mais uma tentativa frustrada de fazer o exame papa Nicolau, ela me disse que eu tinha vaginismo e que achava que eu nao sabia disso. Me explicou o que era essa disfunção e me indicou um medico sexologo. E eu nunca fui pois o medico era homem e nao me sentia bem em algum homem me tocar, mesmo que fosse medico. Naquele dia descobri que estava com cândida e herpes vaginal… Minha medica me explicou que nao necessariamente poderia ter desenvolvido a herpes do meu entao namorado, pois esse vírus poderia estar em mim ja algum tempo. Fui embora de la sem paz. Pois no fundo sabia e me culpava por isso que meu namorado poderia estar sim me traindo pela falta de sexo. Eu me coloquei na posição que eu teria que satisfaze-lo para não perde-lo.

Voltando do Brasil, no mesmo exato dia, descobri que era verdade, que meu namorado me traia. Sem mais rodeios, depois de pouco tempo o aceitei de volta, achei que de alguma forma era minha culpa, ja que eu não correspondia ao desejo sexual de um jovem. Nessa época meu vaginismo ja estava bastante desenvolvido, muito sensível ao toque e a penetração. Mesmo assim, movidos por algum tipo de sentimento resolvemos nos casar no inicio de 2011. Mal conseguíamos nos tocar, mas mesmo assim nos casamos. 

Esse ano foi muito difícil, tentei compensa-lo de todas as formas, tentávamos alternativas que eliminavam a penetração, como sexo oral por exemplo. Tivemos muitas brigas e isso tudo era muito desgastante emocionalmente. No fim desse ano descobri que ele me traia novamente com a mesma mulher.  Meu medo de sair da relação e ter que começar de novo era tanto que o aceitei de volta. 
Pensava que era melhor ficar com ele que ja sabia de meus problemas do que ter que parecer louca, frigida ou algo assim para outro homem. 


Resolvemos fazer terapia de casal. O ano de 2012 passou… pouco evoluímos ou chegamos a lugar nenhum. Muitas vezes eu desejava que ele me traísse, para que eu nao precisasse satisfaze-lo seja de que forma fosse. A dor evoluiu de uma forma tao descompensada que com o tempo nao doia só de ser tocada, mas doia e causava nojo de toca-lo também. Chorava muito quando tentávamos, também desejava virar freira para nao ter que passar por isso novamente, todos os tipos de pensamentos assombram sua cabeca nesas horas…Tentar descrever a dor e difícil, mas nesse ponto era insuportável, como tentar colocar um elefante numa lata de sardinha. Mas pra ser bem precisa, como descrevi acima, a dor nada mais e do que sentir na hora da penetração como se algo pontudo, como ou uma navalha estivesse entrando dentro de você e seus tecidos por dentro inflamados. Acho que essa e a melhor descrição. Ao ser tocada nos seios, a sensação era como se estivesse em carne viva, ao ser beijada, o corpo todo ja doía, se antecipando para o pior. 

Nessa fase, ja entravamos em 2013, viramos o ano e ele decidiu sair de casa, nao sabia se podia continuar mais. Me desesperei e finalmente consegui voltar a ler sobre o assunto vaginismo. Ao pesquisar na internet descobri muitos sites legais e informativos. Li muito informações em sites como www.vaginismus.com a uma variedade de blogs escrito por pessoas como eu, que sofriam de vaginismo. O site vaginismus.com e um site formal que contem informações muito educativas e importantes para a compreensão da disfunção. Também tem dicas de tratamento e relatos de pessoas com o mesmo problema. Outros sites e blogs que achei importante foram os que relatavam as experiências das pessoas com o tratamento. Vejam alguns sites abaixo:

Como disse anteriormente, eu ja havia procurado fazer pesquisas sobre vaginismo quando fui diagnosticada, mas a realidade pra mim naquele tempo era dura de mais e eu nao queria acreditar ou confrontar. Agora, com toda a situacao de minha vida desmoronando, eu resolvi ler, ler e ler, ler tudo que eu encontrasse a respeito do assunto ainda muito desconhecido por mim. A cada site que eu abria eu descobria o quanto doia ler sobre isso… a cada depoimento que eu absorvia eu me via nas linhas das historias daquelas mulheres. Chorei muito, um choro de dor e desespero. Certos depoimentos tinham historias que casamentos terminavam, familias se desfazendo e muito desespero, por isso temos que ler cada site e depoimento ate o fim, para perceber que ha esperanca e que essas mulheres em sua grande maioria estao muito melhores agora. No inciio das leituras foi muito dificil, por que percebi que o tratamento seria longo e doloroso. Os relatos, apesar de animadores, pois me apresentavam uma solucao para meu problema, me amedrontavam ao mesmo tempo por que me soavam agressivos e tocavam bem no ponto onde tinha medo: era preciso usar aparelhos em eletrodos dentre de mim… isso me aterrorizou. 

Mas confesso, que o que me impulsionou mesmo a me tratar foi o fim do meu casamento… percebi que esse problema nao estava afetando so a mim, mas tambem afetaria qualquer relacionamento que eu viesse a ter na vida. Pedi ajuda a minha familia, me abri com meus parentes proximos e isso foi libertador. Por muitos anos estava sozinha com essa dor, dor fisica e emocional. A unica pessoa em que eu dividia na epoca era meu ex marido, que ao invez de me apoiar, me ajudar a procurar ajuda, pesquisar informacoes, me traiu e me fez acreditar que eu era a grande culpada de tudo isso. Entao ter minha familia para me apoiar foi essencial.

Aprender sobre o vaginismo em sua teoria e fundamental para te dar forca para comecar o tratamento, saber sobre suas contracoes involuntarias e o que isso te causa internamente e muito importante. E toda essa leitura me ajudou muito. Foi quando em uma das pesquisas descobri que eu teria que aceitar procurar o tratamento psicologico, mas tambem o fisico, a fisioterapia pelvica. E foi assim que comecei a respirar novamente. 

Voltei para o Brasil e encontrei minha fisioterapeuta, ela me indicou uma psicologa especializada. Costumo dizer que as duas juntas salvaram minha sanidade! Comecamos o tratamento de fora para dentro. Quero dizer com isso que primeiro ha uma conversa longa sobre as formas de exercicio, os equipamentos usados e um passo a passo de tudo que podemos fazer juntas para levar a melhora da disfuncao. O meu tratamento comecou realmente de fora para dentro, tirando nodulos do lado externo da regiao pelvica, com exercicios de contracao e relaxamento da pelves, bolsa de água quente, exercicios respiratorios e muita conversa para o entendimento correto do meu corpo… conciencia corporal é vital para cura do vaginismo.

Em uma segunda etapa, intrudizimos o eletrodo e o aparelho de balaozinho. Esses momentos sao aqueles em que muitas mulheres desistem…. desistem por que realmente sao dolorosos, mas a boa noticia e que funcionam tambem! Se voce insistir, controlar sua respiracao, focar muito no seu objetivo, sua dor diminui gradativamente em cada sessao. Torna-se muito nitido a melhora, trazendo uma sensacao de orgulho, esperanca de uma vida normal!

 Passou-se alguns meses e continuei firme no tratamento, ate que um dia comecei a namorar. Eu era proibida na epoca de ter relacoes, minha fisioterapeuta nao havia liberado ainda. Entao focamos ainda mais na minha consciência  corporal, para que eu ficasse conciente de quando os movimentos, mesmo que contracoes involuntarias pudessem vir. Quando fui liberada, logo tentei ter relacao sexual claro que tive medo, mas estava forte o bastante para tentar. Quando tentei tive uma surpresa, nao havia dor… foi uma relacao onde tambem nao houve orgasmo, mas nao houve dor!!!! Foi um dos dias mais felizes de minha vida! Ainda hoje, nao tenho orgasmo, trabalho pra isso…. Aprendi que temos fases a superar, a minha fase da dor foi superada, mas continuo na fisioterapia para poder me conscientizar agora que alem de sem dor, pode haver o com prazer tambem e tenho muita fé que isso ira acontecer! 

Em resumo, sei por que senti na pele o que é ter vaginismo. Passei pela fase da negação, desespero, aceitação e alivio. Queria que ficasse muito claro o quanto sou afortunda por encontrar um tratamento, e por encontrar forças para nao parar o tratamento no meio. Nenhuma mulher merece a vida com vaginismo, precisamos superar o medo da dor e procurar encontrar o caminho da cura. 
Cada uma de nós tem uma razão de ter essa disfunção, não sou medica e nenhuma especialista, mas sei que talvez os motivos sejam por abuso sexual, repressao religiosa e etc, Nao foquei aqui em dizer o que levou o vaginismo a minha vida, pois acho que seja o motivo que for, TERAPIA, fisica e emocional e muita forca de vontade curam todos esses problemas! 

Espero ter ajudado alguem! :)



quinta-feira, 19 de março de 2015

MOTIVOS PORQUE TODA MULHER DEVERIA FAZER FISIOTERAPIA DE PERÍNEO

Posted by Laura Della Negra

Quem nunca ouviu a avó dizendo que perde urina? Uma amiga que acabou de ter bebê reclamando de flacidez vaginal ou às vezes até mesmo perda de gases vaginais.Uma amiga que pratica corrida ou outros esportes de impacto e perde urina?

Pois saiba que 30 % das mulheres não tem consciência do assoalho pélvico. E não é culpa nossa, como conhecer um músculo que não sabemos ao menos onde fica?

Ocorre que muitas vezes o profissional que nos dá aula de ginástica também não sabe. Por diversas vezes esse músculo é confundido com o glúteo e os adutores (bumbum e parte interna da coxa). Assim, como ele está numa região “íntima” não é possível reconhecer a contração, e o profissional não pode dar um exemplo mostrando como fazer o exercício.

Antigamente a incontinência urinária era encarada como uma doença de idosos.Entretanto, a incontinência urinária (IU) é uma queixa comum na população feminina em geral, com taxas que variam entre 10% e 55% em mulheres de 15-64 anos. Em praticantes de esportes pode variar de 0 a 80%.

Os fisioterapeutas especializados em reabilitação do assoalho pélvico sabem reconhecer e avaliar essa musculatura comexames e testes específicos. Existemexercícios específicos que devem ser dados às mulheres que tem falta da consciência dessa musculatura e exercícios avançados que são dados a mulheres que já sabem contrair.

A idéia do fisioterapeuta deve ser de ensinar e orientar a mulher sobre: como, onde, e quando realizar as contrações.

Posted by Laura Della Negra


segunda-feira, 16 de março de 2015

Exercícios físicos evitam perda do desejo sexual

Pesquisa constata que mulheres sedentárias têm mais problemas de libido do que as ativas

Fonte: jornal O DIA do RJ

Rio - Ao liberarem hormônios que geram bem-estar e prazer, as atividades físicas podem evitar a perda do desejo sexual, um dos principais problemas enfrentados por mulheres de meia idade. Após analisar 370 voluntárias entre 40 e 65 anos, pesquisadores brasileiros constataram que 67% delas apresentaram algum grau de disfunção sexual. Entre as mulheres sedentárias, a taxa foi maior (79%) quando comparadas às ativas (57%). 

Ginástica libera hormônios que geram bem-estar, por isso atividade é fundamental na meia idade
Foto:  Istock

Durante o estudo ‘Atividade Física e Função Sexual em Mulheres de Meia Idade’, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, os cientistas utilizaram a escala Female Sexual Function Index (FSFI) para avaliar a atividade sexual das voluntárias, seja no quesito desejo, orgasmo, lubrificação ou excitação. Na FSFI, é considerado bom nível sexual quem obtém número maior que 26,55. Entre as participantes da pesquisa que sofrem de alguma disfunção sexual, as sedentárias obtiveram resultado de 15,6, em média. Já as ativas, de 20,9. 

O principal fator que leva à diminuição do desejo sexual é a menopausa. Segundo Décio Luis Alves, integrante da diretoria da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, esse período propicia uma perda de hormônios responsáveis pelo estímulo de bem-estar, como estrogênio e a testosterona. “A queda dos hormônios está diretamente ligada à diminuição da libido, inclusive com a queda da lubrificação”. 

Décio ressalta que o exercício físico regula os ciclos menstruais, além de melhorar o fluxo do hormônio DHEA, que libera a testosterona. “Com a atividade, o organismo produz mais endorfina e serotonina, hormônios relacionados ao prazer, e a mulher cria maior autoestima e mantém o peso, ajudando, assim, a produção de libido. O exercício físico dá mais força e agilidade”, afirma.

Avaliação médica indica melhor tipo de tratamento 

As mulheres que tiverem problemas de perda de desejo sexual podem procurar, além de exercícios físicos, um tratamento com remédios hormonais. “Esse tipo de medicamento ajuda a reprodução hormonal. Antes e durante o tratamento é preciso fazer alguns exames, como mamografia e ultrassonografia, para saber qual será o melhor tratamento e se a pessoa não tem alguma doença grave”, alerta Décio. 

Caso o exercício físico e os medicamentos hormonais não funcionem, o ideal é procurar a ajuda de um psicólogo ou um sexólogo. “Por vezes, essas mulheres podem ter problemas no relacionamento ou algum motivo que as inibam de ter relação sexual, como religião”, acrescenta o especialista.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

6 FATOS QUE O GOOGLE REVELA SOBRE SEXO

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2015/01/6-fatos-que-o-google-revela-sobre-sexo.html
  (Foto: flickr/ creative commons / [rom])

Através do Google Trends podemos ver o que as pessoas mais procuram na internet. Seth Stephens-Davidowitz, economista e colunista do The New York Times, usou a ferramenta para descobrir o que nossas pesquisas dizem sobre nossa sexualidade. Os resultados foram assustadores: somos neuróticos e inseguros quando o assunto é sexo.

Homens querem aumentar seus pênis, mulheres querem diminuir e aumentar seus quadris, mas afinal o que procuramos no outro? Stephens-Davidowitz usou dados de buscas norte-americanas, mas podemos relacioná-las com nossa realidade.

Fizemos uma lista com 6 fatos que nossas pesquisas no Google revelam sobre o sexo. Confira:

Casamento sem sexo
Sexo só depois do casamento ou sexo nemdepois do casamento? Dos cinco termos mais pesquisados em relação ao matrimônio, três são sobre a ausência de sexo. O mais procurado é “casamento sem sexo”, com incríveis 21 mil buscas por mês, o segundo lugar fica com “casamento infeliz” (6 mil buscas).

As pesquisas sobre falta de sexo não se restringem apenas aos casamentos. O segundo termo mais procurando sobre relacionamentos é “relacionamento sem sexo”, com 3.675 buscas. O primeiro lugar é “relacionamento abusivo”. Pesquisas que começam com “meu marido...” ou “minha esposa...” também revelam a ausência de sexo. Em ambos casos, o termo mais buscado é “...não transa comigo”.

Homens são neuróticos e inseguros
Propagandas e spams sobre como aumentar o pênis incomodam? Deve ser por conta de suas pesquisas. Dos dez termos mais buscados com as palavras “meu pênis”, nove estão relacionadas com o tamanho (o outro é sobre o cheiro). Outro termo bastante buscado pelos homens é se o uso de anabolizantes pode mesmo diminuir o tamanho dos seus pênis.

Aliás, “pênis” é a parte mais importante do corpo - pelo menos segundo o Google. Para cada 100 pesquisas feitas com a palavra “pênis”, 67 são feitas sobre “coração”, 57 sobre “olhos” e apenas cinco sobre “cérebro”.

Homens também são bem preocupados com a estética. Segundo o Google, 42% das pesquisas relacionadas a beleza e fitness são feitas por homens. 

Tamanho não é documento
Enquanto os homens são neuróticos com o tamanho de seus pênis, as mulheres pouco ligam pra isso. Na verdade, pesquisas com a palavra “pênis” são bem incomuns entre as mulheres - homens buscam 170 vezes mais o termo. E, nas raras pesquisas que as mulheres fazem sobre o tamanho do pênis, quase nenhuma é sobre ser pequeno demais - 40% das buscas são sobre como o pênis do parceiro é grande.


Diminua, aumente, diminua
As mulheres se preocupam bastante com seus próprios corpos, mas o tempo tem mostrado que elas mudam de ideia freqüentemente. Em 2004, os termos mais buscados com a palavra “bunda” era sobre como diminuir. Em 2010, o desejo mudou - as buscas eram sobre como aumentar a bunda. Em 2014, para cada cinco pesquisas sobre implante nos seios, existe uma sobre implante nos glúteos.

Odor desagradável
Se a moda entre os homens é buscar formas de aumentar o pênis, as mulheres buscam alternativas de disfarçar o cheiro de suas vaginas. As buscas sobre “vaginas” geralmente são sobre saúde, mas 30% das pesquisas são sobre depilação e odores.

Homens também pesquisam sobre o odor vaginal - especificamente, buscam formas de dizer isso a parceira sem ferir seus sentimentos.

O que buscamos em parceiros sexuais?
As buscas relacionadas a pornografia podem nos ajudar mais nesse ponto. A crescente busca das mulheres por uma bunda maior também é o desejo de muitos homens - a maioria das pesquisas em sites pornôs é “bunda grande”. Outro termo buscado pelos homens é “peitos grandes naturais”. Já as mulheres buscam por “pênis grande”.

O fato é que estamos mais interessados em nossos próprios corpos do que nos dos parceiros sexuais. Stephens-Davidowitz termina sua coluna constatando “talvez se nos preocupássemos menos com o sexo, poderíamos fazer mais”.

sábado, 15 de junho de 2013

Mitos podem provocar problemas sexuais

Por Cláudia Azevedo/Ciência 2.0 

"Os mitos do macho latino", entre os homens, e o conservadorismo, entre as mulheres, são alguns dos principais fatores de risco para problemas sexuais, como explica o sexólogo Pedro Nobre, em entrevista ao Ciência 2.0.

"As nossas crenças e atitudes sobre a sexualidade têm um papel determinante na nossa resposta sexual e na nossa satisfação sexual", refere Pedro Nobre, responsável pelo SexLAB, primeiro Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto - FPCEUP, em parceria com o CINEICC - FPCEUC e a Universidade de Aveiro).

Na prática, "estudos mostram que as crenças funcionam como fator de risco. Há crenças, umas mais associadas ao homem e outras mais ligadas à mulher, que os tornam mais vulneráveis a um problema sexual".

No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Esta exigência extrema acompanha-se de uma "catastrofização": se falharem, não são homens. Curiosamente, vira-se o feitiço contra o feiticeiro, sendo que "estas crenças estão muito associadas à disfunção eréctil e à ejaculação prematura".No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Nas mulheres, "o conservadorismo (sexo apenas no âmbito de uma relação estável e pós-marital) e a passividade sexual influenciam negativamente a sexualidade". Enquanto nos homens continua a haver alguma transversalidade, independentemente da idade, da educação e do estatuto socioeconómico, "nas mulheres há uma maior diversidade em função destes fatores". 

Por outro lado, continua Pedro Nobre, "há cada vez mais mulheres, sobretudo mais jovens, que pensam que devem estar sempre 'prontas', que devem ter orgasmo durante o coito, orgasmos múltiplos ou simultâneos. Quanto mais irrealistas são as expectativas, mais fácil é haver uma discrepância com a realidade".

Nas revistas femininas, "a maior parte das mensagens sobre sexo é de grande exigência. O termo de comparação é muitas vezes difícil de atingir. Isto é mau, sobretudo quando não há quem contradiga esses mitos", conclui Pedro Nobre.



domingo, 5 de maio de 2013

Gravidez » Brasil ignora acompanhamento da musculatura pélvica no pré-natal As possíveis consequências da falta de preparação do períneo para o parto são as incontinências urinária e fecal e a dor na relação sexual


Por Valéria Mendes - Saúde Plena
Publicação:02/05/2013

Uma em cada três mulheres será afetada pela incontinência urinária durante a sua vida. A primeira gravidez e o parto são os fatores que mais contribuem para a disfunção
Claire Lundbert é uma escritora de Nova York que teve sua filha em Paris em novembro de 2011. Em artigo publicado na Slate, revista americana online, no início do ano seguinte (clique e leia na íntegra), ela conta que após o parto descobriu que a França é um dos poucos países do mundo a oferecer gratuitamente um programa de fortalecimento do períneo. Em princípio, ela estranhou para, posteriormente, entender que esta era uma excelente iniciativa para se prevenir complicações futuras: a incontinência urinária, a incontinência fecal e a dor na relação sexual. “Nos Estados Unidos, a mulher americana se encontra totalmente desamparada e sozinha com a sua vagina, o seguro saúde nunca ouviu falar nisso e se, mais tarde, ela desenvolve incontinências, dores e cistites o problema é dela”, escreveu.

No Brasil não é diferente. É realidade a ausência de um protocolo médico no pré-natal no tema assoalho pélvico. “Não existe recomendação especial para que o médico encaminhe a paciente para esse tipo de assistência, fica muito a critério do especialista”. A afirmação é da diretora da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOCIMIG), Cláudia Lodi. No entanto, relatório de um programa holandês referência no mundo em relação a esse tema, o Motherfit (clique e conheça), diz que uma em cada três mulheres será afetada pela incontinência urinária durante a sua vida. A primeira gravidez e o parto são os fatores que mais contribuem para a disfunção.

A falta de informação chega ao ponto de algumas mulheres não saberem o que é o períneo. “É o espaço entre a vagina e o ânus. Ele é o principal músculo da região e ajuda na sustentação de todos os órgãos pélvicos, como a bexiga e o útero”, explica Lodi. Professora da Faculdade de Ciências Médicas, autora e organizadora do livro Fisioterapia aplicada à saúde da mulher, a fisioterapeuta Elza Baracho esclarece por que a gravidez é um fator de risco. “Não só pelo aumento corporal, mas a própria alteração de postura com o aumento do abdômen gera um comportamento de compensação que vai enfraquecer o assoalho pélvico”, explica. E ainda: “a gravidez aumenta a pressão intra-abdominal que vai aumentar a demanda da musculatura pélvica”. A especialista explica que se a mulher optar pela via de parto vaginal, a ênfase na reeducação pélvica torna-se ainda mais relevante. “Essas mulheres têm que ser preparadas para esse parto”, observa. No caso da cesariana, ela diz que não existem estudos conclusivos que afirmam que a alternativa é um fator protetor do assoalho pélvico. “A musculatura deveria ser trabalhada por todas as mulheres, independente da via do parto”, alerta.

Obstetra e uroginecologista, Cláudia Laranjeira corrobora: ”a gravidez, por si só, já tem um efeito no assoalho pélvico. Dizer que o risco da cesariana é zero, é mentira. O parto vaginal gera uma sobrecarga maior por causa da passagem do feto”. No entanto, a médica explica que a forma como o parto é feito pode amenizar muito esses efeitos. Entre elas, uma posição mais verticalizada, evitar o corte (episiotomia) e o uso de fórceps.

Laranjeira defende que a avaliação do assoalho pélvico deve vir acompanhada da decisão de se engravidar, ou seja, antes do pré-natal. “Hoje se tem certeza que a fisioterapia específica para a musculatura pélvica tem papel importantíssimo na prevenção das disfunções [incontinência urinária, fecal e dor na relação sexual]. Quem mais estuda o tema no mundo inteiro são os europeus porque eles têm uma taxa de parto normal muito maior que a nossa”, diz. Ela pontua que os exercícios durante a gravidez melhoram muito a elasticidade da fibra muscular e vai ajudar na hora do parto. “A gravidez aumenta gradualmente a sobrecarga do assoalha pélvico e as pesquisas comprovam que para incontinência urinária, os exercícios previnem sim. Para as outras disfunções, já temos também resultados positivos a favor desse acompanhamento”.


"Não tive escape de urina durante toda a gravidez e meu parto foi super tranquilo" - Thaís Dufles Vieira é psicóloga e fez acompanhamento da musculatura do assoalho pélvico durante toda a gestação e também no pós-parto
Avanços
Thaís Dufles Vieira é psicóloga e tem 33 anos. Ela é mãe de Davi, que tem 10 meses de vida, e é um exemplo feliz de gravidez com informação e cuidado. “Eu sempre quis parto normal”, diz. Diante dessa informação, ela conta que foi orientada pela médica sobre a importância de fortalecer o períneo. Dufles procurou uma fisioterapeuta, aprendeu os exercícios e a cada dois meses retornava para acompanhamento. “É muito simples. Dá para fazer quando estamos parados no trânsito”, incentiva. Ela conta que o fortalecimento da região auxilia durante a gravidez, na hora do parto e depois. “Não tive escape de urina durante toda a gravidez e meu parto foi super tranquilo”, conta. A mãe de Davi, alerta, entretanto que pode ser difícil trabalhar a musculatura da pelve por falta de consciência corporal e por isso, não se pode abdicar de um acompanhamento profissional. “A mulher pode ficar um pouco perdida. Minha dica é: finge que está fazendo xixi e tenta prender. É mais ou menos esse músculo”, fala.

Baracho diz que o Ministério da Saúde tem preconizado a importância de os médicos indicarem o acompanhamento da musculatura pélvica durante a gravidez. Com isso, os profissionais têm se conscientizado mais e a corrente vem aumentando. “É um caminho a se percorrer. Precisamos dar à mulher essa condição de cuidado com o próprio corpo”, afirma. Como mudança desse cenário, a fisioterapeuta conta que recebe pacientes de médicos que não fazem parto normal sem pedir uma avaliação do músculo. “É um universo pequeno no número de médicos existentes e gostaria que houvesse essa cultura de avaliação do assoalho pélvico. O mundo está falando sobre isso. Vários estudos internacionais elucidam que uma mulher preparada na gravidez tem chance maior de não ter problema depois. As pesquisas internacionais sustentam a parte clínica”, completa. “Em breve a reeducação do assoalho pélvico será reconhecida na gravidez de todas as mulheres e quem sabe até com um lugar no cartão de pré-natal. Vamos torcer”, encerra.


"A gravidez aumenta a pressão intra-abdominal que vai aumentar a demanda da musculatura pélvica", alerta a especialista em saúde da mulher, a fisioterapeuta Elza Baracho
Laranjeira trabalha em um hospital particular de Belo Horizonte que já tem um protocolo. “Estamos tentando inserí-lo no atendimento de pré-natal de cada médico da minha equipe”, afirma. “Na Europa é rotina, já faz parte. Ainda não temos isso estabelecido no Brasil porque é um serviço que demanda infra-estrutura. A logística não é exequível e os serviços de saúde já têm que começar a entender que isso é necessário como o exame de sífilis ou o exame de urina. Tem que passar a ser uma rotina, assim como as orientações de aleitamento, para que tenha maior adesão”, enfatiza.

Sexo
Trabalhar o assoalho pélvico não deixa de ser também um cuidado com a auto-estima. Os exercícios interferem positivamente no desejo sexual. Elza explica que a disfunção desse músculo diminui a excitação. “Melhorando a função muscular, a mulher tem uma excitação mais preservada”, afirma. A especialista em saúde da mulher diz que para se chegar ao orgasmo, a mulher passa, antes, pelas fases do desejo e excitação. Na sequência vêm o gozo e a resolução. “Com uma boa função muscular a mulher terá uma sexualidade mais prazerosa”, resume. A ginecologista Cláudia Lodi corrobora: “a musculatura fortalecida vai facilitar que a mulher tenha mais prazer e também o seu parceiro”.

Europa e Brasil
Não é só a França que é exemplo no cuidado com a saúde da mulher durante a gravidez. A Noruega e a Holanda estão entre os países europeus que são referência no assunto. Os protocolos médicos se diferenciam, mas a assistência serve de inspiração a outros países que começam a se atentar para a prevenção de problemas na temática do assoalho pélvico. “No mundo, principalmente na Europa, o atendimento é pago pelo governo porque o índice de partos normais é altíssimo”, pontua Baracho.


Belo Horizonte vai testar o protocolo holandês através do programa Motherfit
O fisioterapeuta holandês Bary Berghmans está à frente do Motherfit (clique e conheça), um projeto multicêntrico entre a Europa e Brasil. O protocolo que o especialista usa no país de origem está sendo testado em Curitiba e chegará a Belo Horizonte.

Saúde Plena: Na Holanda, a reabilitação do assoalho pélvico é reconhecida no pré-natal, certo?
Bary Berghmans: A fisioterapia pélvica é reconhecida como especialidade fisioterápica pelo governo da Holanda. A organização é chamada de Associação Holandesa para a Terapia Médica em Transtornos do Assoalho Pélvico [com a sigla NVFB no idioma original]. Os membros da equipe médica pré e pós-natal da NVFB são fisioterapeutas especializados em cura e tratamento da área abdominal, pélvica e lombar de mulheres, mas também de homens e crianças.

Durante a gestação, as mulheres são orientadas tanto por ginecologistas ou por seus clínicos gerais. De maneira voluntária, essas mulheres podem praticar ginástica específica para gestantes, guiadas por um professor [zwangerfit], um fisioterapeuta que promove treinamentos em grupo e oferece também informações às grávidas como uma espécie de preparação para o parto.

SP: Vocês estão testando o protocolo holandês em Curitiba?
BB: Estávamos planejando fazê-lo em parceria com o Departamento de Ginecologia da PUC-PR, fizemos alguns trabalhos de pesquisa sobre a viabilidade do projeto, mas apesar de termos compartilhado nossos protocolos e discutido procedimentos, o Motherfit ainda está para começar em Curitiba, mas com certeza será iniciado por lá sob o controle da Dra. Maura Seleme, diretora da Associação Brasileira de Ajuda e Formação sobre Incontinência Urinária (Abafi).

SP: Belo Horizonte é a segunda cidade brasileira que testará o protocolo?
BB: Atualmente, nosso hospital universitário em Maastricht está negociando com diferentes parceiros do Brasil para trabalhar em conjunto no projeto Motherfit e uma das cidades mais prováveis é Belo Horizonte, sob a responsabilidade da professora Elza Baracho.

Para financiar o projeto estamos angariando suporte financeiro na comunidade europeia. Para isso, é importante que pelo menos três universidades da comunidade participem do programa. Além de nossa universidade [a Maastricht University Medical Centre], haverá a Universidade de Trondheim, na Noruega, e a Universidade de Viena, na Áustria. A Associação Europeia de Uroginecologia e a Associação Internacional Uroginecológica já proclamaram apoio ao Motherfit. É importante também contar com aliados fora da Europa, como o Brasil.

Os parceiros brasileiros devem executar, a princípio, estudos como entrevistas de grupos focais e levantamentos para determinar qual é o tratamento usual relacionado a problemas do período periparto - definido como desde o último mês de gravidez até cinco meses após o parto - e definir a relevância do tratamento de assoalho pélvico nesse contexto, assim como fizemos na Holanda. Estamos analisando os dados coletados [na Holanda] e publicaremos em tempo.