segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Você tem dor pélvica (quadril)?



O que é Dor Pélvica ?

A dor pélvica é descrita como dor no abdômen, quadril, ou períneo e é considerada crônica quando os sintomas estão presentes há mais de seis meses .

O que causa a dor pélvica ?

Dor pélvica pode ser causada por problemas como a disfunção pélvica conjunta , desequilíbrio dos músculos do assoalho pélvico (períneo), tronco e / ou quadril , incoordenação nos músculos relacionados com a função do intestino e da bexiga, pontos dolorosos nos músculos do assoalho pélvico, a pressão sobre um ou mais nervos na pelve , e fraqueza nos músculos da pelve e do assoalho pélvico . Dor pélvica também pode estar relacionada com a presença de tecido cicatricial após cirurgia abdominal ou pélvica.

É importante consultar o seu médico para determinar totalmente a causa de sua dor.


Quais são os sintomas da dor pélvica ?

Os sintomas de dor pélvica , além de dor no abdome inferior e pelve , podem incluir: dor no quadril ou nádegas , dor no cóccix , baixa tolerância para ficar na posição sentada, dor nas articulações do quadril , dor na relação sexual , pontos dolorosos nos músculos do abdômen , amplitude de movimento reduzida no quadril e coluna lombar , freqüência urinária aumentada , urgência ou incontinência urinária , evacuações dolorosas e constipação.


Como a fisioterapia pode ajudar ?

Os fisioterapeutas treinados especificamente na área da saúde pélvica (Uroginecológica e obstétrica)
identificam os possíveis geradores de dor pélvica e desenvolvem um plano de tratamento específico para o
paciente que sofre de dor pélvica . Um fisioterapeuta treinado nesta área pode utilizar as técnicas manuais ou exercícios orientados para melhorar o recrutamento muscular específico. Outras estratégias de tratamento podem incluir biofeedback e treinamento postural.

By women´s Health - American Physical Therapy Association

Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta
Especialista Uroginecologia, obstetrícia e sexualidade 
Mestre em Ciências da Saúde
(31) 8801 6434

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Alice completa 3 meses e como a mamãe está?

Hoje Alice completa 3 meses! Isso me da medo porque meu tempo está acabando, uma vez que depois dos quatro meses, além de cuidar dela, de mim, do marido e da casa; ainda tenho que retornar ao trabalho. Mas que na realidade, mesmo de licença maternidade a gente acaba trabalhando um pouco.
Hoje não estou no meu melhor dia, pois já tenho dificuldade para seguir fielmente uma dieta, imagina no final de semana, mas tudo bem.... Aí vai a foto da minha pequena e da mamãe que tem feito fisioterapia pós parto direitinho!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Para as mulheres que sentem dor ou dificuldade para ter relação sexual!

Para as mulheres que sentem dor na relação sexual ou não conseguem ter penetração! Leiam e sigam esse blog. Olha que legal o que a Sofia (Dona do Blog) escreveu sobre a fisioterapia.

"Fisioterapia na saúde da mulher

Hoje queria falar (escrever, pronto...) sobre os fisioterapeutas que ajudam mulheres como eu a curar o vaginismo. A serem um bocadinho mais felizes... :))

Que profissional pode efetivamente fazer o tratamento 'hands on' do assoalho pélvico para curar o vaginismo? 

Apenas e só pessoas com formação em fisioterapia e, mais especificamente, em  fisioterapia na saúde da mulher e, ainda mais especificamente, em fisioterapia na saúde da mulher relacionada com a sexualidade... 

Ufa! Com tanta especificidade não admira que isto seja um pouco confuso. 

E que seja difícil perceber a quem recorrer...

Percebi isso também pelas imensas meninas que me perguntam por e-mail quem foi a minha fisioterapeuta porque não conseguem arranjar uma fisioterapeuta que trabalhe o assoalho pélvico. 

Eu consigo dar dois contatos seguros: o da minha própria fisio e de outra fisio recomendadada por ela. Mas isto, geograficamente, restringe-se a Porto e ao Lisboa, nada mais... O que causa muita frustração de meninas fora destas duas cidades, bem sei...

Associado a isto está o facto de ginecologistas e psicólogos desconhecerem este tipo de tratamento e também não encaminharem as pessoas com vaginismo para a fisio... E depois dá nisto: andamos de um lado para o outro à procura de um tratamento quando ele é tão simples. Ai!

Na página da associação portuguesa de fisioterapeutas pode-se encontrar o grupo de interesse de fisioterapia na saúde da mulher e os profissionais que trabalham nesta área. Podem encontrar aqui uma ferramenta que ajuda a localizar profissionais em Portugal por região. Claro que não dá para saber se todos eles tratam o vaginismo, mas pode ser uma opção telefonar e perguntar se tratam o vaginismo e, se sim, com que psicóloga é que trabalham (trabalho em equipa, não se esqueçam!).

NÃO SE ESQUEÇAM: RECORRENDO A PROFISSIONAIS DE SAÚDE, APENAS FISIOTERAPEUTAS PODEM FAZER O TRATAMENTO 'PRÁTICO' - OU SEJA A INTRODUÇÃO DE DEDOS/DILATADORES/SONDAS ETC. NA VAGINA.

Queria deixar um apelo! 

Se tiverem feito fisioterapia no tratamento do vaginismo deixem aqui, ou enviem para o meu mail (sofia.xxyz@gmail.com),  o contacto da fisioterapeuta que vos acompanhou. Como quiserem! Assim, pode ser que eu já consiga ter uma resposta para as meninas fora do Porto e de Lisboa que querem fazer fisioterapia... Obrigada!!"

http://vaginismos.blogspot.com.br/2012/10/fisioterapia-na-saude-da-mulher.html?showComment=1383049827430

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Importante para todas as mulheres!!!

É muito comum as mulheres brasileiras não se cuidarem logo que ganham neném. Isto esta completamente errado. Em vários países da Europa as mulheres já saem do hospital com um pedido de fisioterapia especializado na reabilitação pós parto.
O que não consigo entender é como os médicos não indicam fisioterapia (reabilitação) para mulheres que são submetidas a um parto e principalmente a cesária. São cortadas 7 camadas do abdômen ( o centro do equilíbrio do nosso corpo ), a mulher fica inchada, perde noites de sono, encara uma nova rotina para cuidar do ser mais especial de sua vida e não tem ninguém para cuidar de suas dores e do seu corpo. Enquanto que qualquer pequena cirurgia ortopédica (como uma artroscopia por exemplo) a fisioterapia é imediata.
Os quatro meses de licença da mulher passam muito rápido, e quando ela assunta ja acabou e ela está preocupada com o retorno ao trabalho, sofre para sair de casa e deixar o filho aos cuidados de outra pessoa ou em uma escolinha e ainda está super insatisfeita com o seu corpo, e consequentemente a relação com o marido.....hum, melhor n comentar.
Por isso gostaria que toda as mulheres soubessem que os quatro meses de pós parto é um período para cuidar dos bebês  e de VOCÊS! Pois se estamos bem e felizes, passamos esse alegria para nossos filhos.  
Fica a dica! Se precisarem ou tiverem dúvidas, estou à disposição. 
Mamãe e Alice com 4 meses

sábado, 19 de outubro de 2013

Fisioterapia pós parto!

Pessoal estou muito feliz em poder vivenciar na prática o resultado do meu trabalho. Sem muito esforço, estou com 2 meses e 8 dias de pós parto, e o abdômen está indo muito bem!!!
Assim que conseguir terminar de organizar as minhas fotos ( vida de mãe é maravilhosa mas da trabalho), vou postar para vocês todas as evoluções para chegar até aqui!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quais fatores podem ocasionar frigidez feminina?

Por Eliane Marçal - psicóloga clínica


Frigidez feminina é falta de amor, carinho, desejo e excitação. É considerada uma disfunção ou alteração da função sexual apresentada como bloqueio parcial ou total da resposta psicológica e fisiológica da excitação. As características são déficit ou falta de fantasias sexuais e ausência do desejo de ter qualquer atividade sexual, levando a dificuldades de relacionamento e sofrimento. 

Este transtorno pode acometer a mulher durante toda a vida afetiva, por um determinado período em função de uma circunstância limitante ou no relacionamento com o parceiro. Fatores físicos e psicológicos determinam o aparecimento desse quadro. Físicos: dor na relação sexual, alterações hormonais, debilidade física por doença ou uso inadequado de remédios etc. Os fatores psicológicos causadores da frigidez feminina vão do desconhecimento do próprio corpo, em mulheres que recebem educação castradora, ao medo de engravidar, religião, crendices, experiência obstétrica traumática, envelhecimento e violência sexual - abuso e estupro. 

Mulheres que se cobram aquém do que gostariam acabam se preocupando mais com o desempenho do que com a satisfação. Ou não gostam de seus corpos, sentem vergonha dos órgãos genitais, se acham fora de forma; deixando-as pouco a vontade na hora de se expor; e passam a negar sua sexualidade e atividade ligada a este aspecto das suas vidas. 

Muitos homens perguntam ao final da relação sexual se a mulher está satisfeita muito mais como uma prerrogativa do que preocupação de fato. Mas a baixa autoestima faz a mulher aceitar o relacionamento precário com sua sexualidade e passar momentos de sua vida sem desfrutar do prazer que é digno e merecido de todas as pessoas. 

A revolução feminina trouxe benefícios à mulher e sua sexualidade, mas ainda hoje existem as que sofrem sozinhas ou fingem prazer que nunca tiveram para manter relacionamentos vazios por não acreditarem que podem e devem ter uma sexualidade prazerosa e feliz. 


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mais uma publicação: "Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária"


Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária

Acessem o link:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1809-29502013000100015&script=sci_abstract

Espero que gostem!
Abraço

Dùvidas?
Elaine Spinassé Camillato
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
Rua do Ouro, 93, sala 502, Serra
(31) 8801 6434

domingo, 16 de junho de 2013

Incontinência urinária causa depressão em mulheres com menos 65 anos


Mulheres têm que abrir mão de atividades por causa do problema




Mulheres com idades entre 43 e 65 anos são mais propensas a sofrer depressão por problemas de saúde comuns, como incontinência urinária, descobriu uma pesquisa da Universidade de Adelaide. Segundo o pesquisador Jodie Avery, as mulheres até 65 anos foram mais prováveis a ficarem deprimidas com o problema do que as com idades entre 65 e 89 anos. 

Jodie explicou que a autoestima das mulheres mais jovens tende a ser duramente atingida pela incontinência urinária, enquanto as mulheres mais velhas são mais resistentes e aceitam a condição. Questões-chave para as mais jovens, como vida sexual, familiar, esportes e lazer, são afetadas pela doença. 

No auge da vida, a pesquisadora disse que as mulheres com incontinência costumam reclamar que não podem mais ir à academia, passear ou dançar sem se preocupar com o problema. A incontinência urinária atinge cerca de 35% da população feminina e a principal causa é a gravidez.

"Nossos estudos mostram que 20% da população incontinente têm depressão”, disse Jodie. Os doentes são resistentes a pedir ajuda, mas o aconselhamento é importante. 

A primeira opção de tratamento para incontinência urinária é sempre a fisioterapia, e nos casos que a fisioterapia não resolver 100%, deve ser indicado a cirurgia.

Faça uma avaliação fisioterapêutica especifica!

Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta

Esp. Uroginecologia, Obstetrícia, Proctologia e Sexualidade

Mestre em Ciências da Saúde
8801 6434

Rua do Ouro, 93, sala 502

Belo Horizonte


sábado, 15 de junho de 2013

Mitos podem provocar problemas sexuais

Por Cláudia Azevedo/Ciência 2.0 

"Os mitos do macho latino", entre os homens, e o conservadorismo, entre as mulheres, são alguns dos principais fatores de risco para problemas sexuais, como explica o sexólogo Pedro Nobre, em entrevista ao Ciência 2.0.

"As nossas crenças e atitudes sobre a sexualidade têm um papel determinante na nossa resposta sexual e na nossa satisfação sexual", refere Pedro Nobre, responsável pelo SexLAB, primeiro Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto - FPCEUP, em parceria com o CINEICC - FPCEUC e a Universidade de Aveiro).

Na prática, "estudos mostram que as crenças funcionam como fator de risco. Há crenças, umas mais associadas ao homem e outras mais ligadas à mulher, que os tornam mais vulneráveis a um problema sexual".

No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Esta exigência extrema acompanha-se de uma "catastrofização": se falharem, não são homens. Curiosamente, vira-se o feitiço contra o feiticeiro, sendo que "estas crenças estão muito associadas à disfunção eréctil e à ejaculação prematura".No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Nas mulheres, "o conservadorismo (sexo apenas no âmbito de uma relação estável e pós-marital) e a passividade sexual influenciam negativamente a sexualidade". Enquanto nos homens continua a haver alguma transversalidade, independentemente da idade, da educação e do estatuto socioeconómico, "nas mulheres há uma maior diversidade em função destes fatores". 

Por outro lado, continua Pedro Nobre, "há cada vez mais mulheres, sobretudo mais jovens, que pensam que devem estar sempre 'prontas', que devem ter orgasmo durante o coito, orgasmos múltiplos ou simultâneos. Quanto mais irrealistas são as expectativas, mais fácil é haver uma discrepância com a realidade".

Nas revistas femininas, "a maior parte das mensagens sobre sexo é de grande exigência. O termo de comparação é muitas vezes difícil de atingir. Isto é mau, sobretudo quando não há quem contradiga esses mitos", conclui Pedro Nobre.



domingo, 5 de maio de 2013

Gravidez » Brasil ignora acompanhamento da musculatura pélvica no pré-natal As possíveis consequências da falta de preparação do períneo para o parto são as incontinências urinária e fecal e a dor na relação sexual


Por Valéria Mendes - Saúde Plena
Publicação:02/05/2013

Uma em cada três mulheres será afetada pela incontinência urinária durante a sua vida. A primeira gravidez e o parto são os fatores que mais contribuem para a disfunção
Claire Lundbert é uma escritora de Nova York que teve sua filha em Paris em novembro de 2011. Em artigo publicado na Slate, revista americana online, no início do ano seguinte (clique e leia na íntegra), ela conta que após o parto descobriu que a França é um dos poucos países do mundo a oferecer gratuitamente um programa de fortalecimento do períneo. Em princípio, ela estranhou para, posteriormente, entender que esta era uma excelente iniciativa para se prevenir complicações futuras: a incontinência urinária, a incontinência fecal e a dor na relação sexual. “Nos Estados Unidos, a mulher americana se encontra totalmente desamparada e sozinha com a sua vagina, o seguro saúde nunca ouviu falar nisso e se, mais tarde, ela desenvolve incontinências, dores e cistites o problema é dela”, escreveu.

No Brasil não é diferente. É realidade a ausência de um protocolo médico no pré-natal no tema assoalho pélvico. “Não existe recomendação especial para que o médico encaminhe a paciente para esse tipo de assistência, fica muito a critério do especialista”. A afirmação é da diretora da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOCIMIG), Cláudia Lodi. No entanto, relatório de um programa holandês referência no mundo em relação a esse tema, o Motherfit (clique e conheça), diz que uma em cada três mulheres será afetada pela incontinência urinária durante a sua vida. A primeira gravidez e o parto são os fatores que mais contribuem para a disfunção.

A falta de informação chega ao ponto de algumas mulheres não saberem o que é o períneo. “É o espaço entre a vagina e o ânus. Ele é o principal músculo da região e ajuda na sustentação de todos os órgãos pélvicos, como a bexiga e o útero”, explica Lodi. Professora da Faculdade de Ciências Médicas, autora e organizadora do livro Fisioterapia aplicada à saúde da mulher, a fisioterapeuta Elza Baracho esclarece por que a gravidez é um fator de risco. “Não só pelo aumento corporal, mas a própria alteração de postura com o aumento do abdômen gera um comportamento de compensação que vai enfraquecer o assoalho pélvico”, explica. E ainda: “a gravidez aumenta a pressão intra-abdominal que vai aumentar a demanda da musculatura pélvica”. A especialista explica que se a mulher optar pela via de parto vaginal, a ênfase na reeducação pélvica torna-se ainda mais relevante. “Essas mulheres têm que ser preparadas para esse parto”, observa. No caso da cesariana, ela diz que não existem estudos conclusivos que afirmam que a alternativa é um fator protetor do assoalho pélvico. “A musculatura deveria ser trabalhada por todas as mulheres, independente da via do parto”, alerta.

Obstetra e uroginecologista, Cláudia Laranjeira corrobora: ”a gravidez, por si só, já tem um efeito no assoalho pélvico. Dizer que o risco da cesariana é zero, é mentira. O parto vaginal gera uma sobrecarga maior por causa da passagem do feto”. No entanto, a médica explica que a forma como o parto é feito pode amenizar muito esses efeitos. Entre elas, uma posição mais verticalizada, evitar o corte (episiotomia) e o uso de fórceps.

Laranjeira defende que a avaliação do assoalho pélvico deve vir acompanhada da decisão de se engravidar, ou seja, antes do pré-natal. “Hoje se tem certeza que a fisioterapia específica para a musculatura pélvica tem papel importantíssimo na prevenção das disfunções [incontinência urinária, fecal e dor na relação sexual]. Quem mais estuda o tema no mundo inteiro são os europeus porque eles têm uma taxa de parto normal muito maior que a nossa”, diz. Ela pontua que os exercícios durante a gravidez melhoram muito a elasticidade da fibra muscular e vai ajudar na hora do parto. “A gravidez aumenta gradualmente a sobrecarga do assoalha pélvico e as pesquisas comprovam que para incontinência urinária, os exercícios previnem sim. Para as outras disfunções, já temos também resultados positivos a favor desse acompanhamento”.


"Não tive escape de urina durante toda a gravidez e meu parto foi super tranquilo" - Thaís Dufles Vieira é psicóloga e fez acompanhamento da musculatura do assoalho pélvico durante toda a gestação e também no pós-parto
Avanços
Thaís Dufles Vieira é psicóloga e tem 33 anos. Ela é mãe de Davi, que tem 10 meses de vida, e é um exemplo feliz de gravidez com informação e cuidado. “Eu sempre quis parto normal”, diz. Diante dessa informação, ela conta que foi orientada pela médica sobre a importância de fortalecer o períneo. Dufles procurou uma fisioterapeuta, aprendeu os exercícios e a cada dois meses retornava para acompanhamento. “É muito simples. Dá para fazer quando estamos parados no trânsito”, incentiva. Ela conta que o fortalecimento da região auxilia durante a gravidez, na hora do parto e depois. “Não tive escape de urina durante toda a gravidez e meu parto foi super tranquilo”, conta. A mãe de Davi, alerta, entretanto que pode ser difícil trabalhar a musculatura da pelve por falta de consciência corporal e por isso, não se pode abdicar de um acompanhamento profissional. “A mulher pode ficar um pouco perdida. Minha dica é: finge que está fazendo xixi e tenta prender. É mais ou menos esse músculo”, fala.

Baracho diz que o Ministério da Saúde tem preconizado a importância de os médicos indicarem o acompanhamento da musculatura pélvica durante a gravidez. Com isso, os profissionais têm se conscientizado mais e a corrente vem aumentando. “É um caminho a se percorrer. Precisamos dar à mulher essa condição de cuidado com o próprio corpo”, afirma. Como mudança desse cenário, a fisioterapeuta conta que recebe pacientes de médicos que não fazem parto normal sem pedir uma avaliação do músculo. “É um universo pequeno no número de médicos existentes e gostaria que houvesse essa cultura de avaliação do assoalho pélvico. O mundo está falando sobre isso. Vários estudos internacionais elucidam que uma mulher preparada na gravidez tem chance maior de não ter problema depois. As pesquisas internacionais sustentam a parte clínica”, completa. “Em breve a reeducação do assoalho pélvico será reconhecida na gravidez de todas as mulheres e quem sabe até com um lugar no cartão de pré-natal. Vamos torcer”, encerra.


"A gravidez aumenta a pressão intra-abdominal que vai aumentar a demanda da musculatura pélvica", alerta a especialista em saúde da mulher, a fisioterapeuta Elza Baracho
Laranjeira trabalha em um hospital particular de Belo Horizonte que já tem um protocolo. “Estamos tentando inserí-lo no atendimento de pré-natal de cada médico da minha equipe”, afirma. “Na Europa é rotina, já faz parte. Ainda não temos isso estabelecido no Brasil porque é um serviço que demanda infra-estrutura. A logística não é exequível e os serviços de saúde já têm que começar a entender que isso é necessário como o exame de sífilis ou o exame de urina. Tem que passar a ser uma rotina, assim como as orientações de aleitamento, para que tenha maior adesão”, enfatiza.

Sexo
Trabalhar o assoalho pélvico não deixa de ser também um cuidado com a auto-estima. Os exercícios interferem positivamente no desejo sexual. Elza explica que a disfunção desse músculo diminui a excitação. “Melhorando a função muscular, a mulher tem uma excitação mais preservada”, afirma. A especialista em saúde da mulher diz que para se chegar ao orgasmo, a mulher passa, antes, pelas fases do desejo e excitação. Na sequência vêm o gozo e a resolução. “Com uma boa função muscular a mulher terá uma sexualidade mais prazerosa”, resume. A ginecologista Cláudia Lodi corrobora: “a musculatura fortalecida vai facilitar que a mulher tenha mais prazer e também o seu parceiro”.

Europa e Brasil
Não é só a França que é exemplo no cuidado com a saúde da mulher durante a gravidez. A Noruega e a Holanda estão entre os países europeus que são referência no assunto. Os protocolos médicos se diferenciam, mas a assistência serve de inspiração a outros países que começam a se atentar para a prevenção de problemas na temática do assoalho pélvico. “No mundo, principalmente na Europa, o atendimento é pago pelo governo porque o índice de partos normais é altíssimo”, pontua Baracho.


Belo Horizonte vai testar o protocolo holandês através do programa Motherfit
O fisioterapeuta holandês Bary Berghmans está à frente do Motherfit (clique e conheça), um projeto multicêntrico entre a Europa e Brasil. O protocolo que o especialista usa no país de origem está sendo testado em Curitiba e chegará a Belo Horizonte.

Saúde Plena: Na Holanda, a reabilitação do assoalho pélvico é reconhecida no pré-natal, certo?
Bary Berghmans: A fisioterapia pélvica é reconhecida como especialidade fisioterápica pelo governo da Holanda. A organização é chamada de Associação Holandesa para a Terapia Médica em Transtornos do Assoalho Pélvico [com a sigla NVFB no idioma original]. Os membros da equipe médica pré e pós-natal da NVFB são fisioterapeutas especializados em cura e tratamento da área abdominal, pélvica e lombar de mulheres, mas também de homens e crianças.

Durante a gestação, as mulheres são orientadas tanto por ginecologistas ou por seus clínicos gerais. De maneira voluntária, essas mulheres podem praticar ginástica específica para gestantes, guiadas por um professor [zwangerfit], um fisioterapeuta que promove treinamentos em grupo e oferece também informações às grávidas como uma espécie de preparação para o parto.

SP: Vocês estão testando o protocolo holandês em Curitiba?
BB: Estávamos planejando fazê-lo em parceria com o Departamento de Ginecologia da PUC-PR, fizemos alguns trabalhos de pesquisa sobre a viabilidade do projeto, mas apesar de termos compartilhado nossos protocolos e discutido procedimentos, o Motherfit ainda está para começar em Curitiba, mas com certeza será iniciado por lá sob o controle da Dra. Maura Seleme, diretora da Associação Brasileira de Ajuda e Formação sobre Incontinência Urinária (Abafi).

SP: Belo Horizonte é a segunda cidade brasileira que testará o protocolo?
BB: Atualmente, nosso hospital universitário em Maastricht está negociando com diferentes parceiros do Brasil para trabalhar em conjunto no projeto Motherfit e uma das cidades mais prováveis é Belo Horizonte, sob a responsabilidade da professora Elza Baracho.

Para financiar o projeto estamos angariando suporte financeiro na comunidade europeia. Para isso, é importante que pelo menos três universidades da comunidade participem do programa. Além de nossa universidade [a Maastricht University Medical Centre], haverá a Universidade de Trondheim, na Noruega, e a Universidade de Viena, na Áustria. A Associação Europeia de Uroginecologia e a Associação Internacional Uroginecológica já proclamaram apoio ao Motherfit. É importante também contar com aliados fora da Europa, como o Brasil.

Os parceiros brasileiros devem executar, a princípio, estudos como entrevistas de grupos focais e levantamentos para determinar qual é o tratamento usual relacionado a problemas do período periparto - definido como desde o último mês de gravidez até cinco meses após o parto - e definir a relevância do tratamento de assoalho pélvico nesse contexto, assim como fizemos na Holanda. Estamos analisando os dados coletados [na Holanda] e publicaremos em tempo.







sábado, 4 de maio de 2013

Vida sexual não para na velhice, mas é preciso superar obstáculos


Falar sobre sexo na velhice ainda é motivo de vergonha e constrangimento para muitos, o que dificulta a busca de informação e a superação de obstáculos para ter uma vida sexual ativa na terceira idade. "O sexo é muito útil para a autoestima e para diminuir a ansiedade dos idosos", afirma o geriatra Salo Buksman, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

É possível ter uma vida sexual de qualidade na velhice. Segundo a psicóloga Ana Teresa de Abreu Ramos Cerqueira, no final do século 20, vimos uma revolução no conceito da sexualidade, e essas mudanças repercutiram na vida sexual do idoso.

"Não se concebe hoje a sexualidade ligada apenas à função reprodutiva, mas como fonte de prazer e de realização em todas as idades", diz Ana, que é professora do departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria e da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unesp. "Há limitações para se viver plenamente a sexualidade na velhice, o que pode haver em todas as idades, mas é preciso tentar superá-las ou minimizá-las", afirma Ana Teresa.

A redução da atividade sexual é notória entre os idosos, principalmente entre as mulheres, segundo a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do ProSex (Programa de Estudos em Sexualidade da USP). "Muitas mulheres não param de fazer sexo porque desistem, mas, sim, porque enviúvam ou se separam e não voltam a se casar. Mas, claro, há aquelas que desistem de transar com os maridos", diz Carmita.

Os dados da pesquisa Mosaico Brasil, que contou com mais de 8 mil entrevistados e foi coordenada por Carmita em 2008, mostram que, na faixa entre 18 e 25 anos, 90,4% dos homens e 83,3% têm vida sexual ativa. Dos 26 aos 40, 95,4% dos homens e 93,3% das mulheres se dizem sexualmente ativos. Dos 41 aos 50 anos, o número passa para 94,4% dos homens e 85,1% das mulheres. Dos 51 aos 60, 93,5% dos homens e 76,6% das mulheres dizem ser ativos sexualmente. Já acima dos 61, o número cai para 87,1% dos homens e 51,2% das mulheres.

Obstáculos físicos
Segundo Buksman, um dos motivos que levam à redução da atividade sexual entre os idosos é a perda de libido, que pode ocorrer devido à diminuição da produção hormonal masculina e feminina.

As mudanças nos órgãos sexuais também afetam homens e mulheres, segundo o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Serviço de Gerontologia do Hospital Sírio-Libanês. "O homem pode demorar mais para se excitar, ter ereção e orgasmo. Já a mulher sofre com a diminuição da elasticidade, o ressecamento vaginal e sente dor durante a penetração". Segundo ele, alguns medicamentos também podem dificultar a ereção e o desejo, como aqueles indicados para hipertensão ou antidepressivos. "Nesses casos, um ajuste na dosagem ou na medicação pode melhorar o quadro", afirma Busse.

A dificuldade de ter e manter a ereção pode levar à falta de vontade de transar. "O homem vê uma relação muito forte do sexo com o pênis. Quando nota uma falha, a autoconfiança e o desejo de praticar sexo diminuem muito", afirma Buskman. Remédios para disfunção erétil como o Viagra podem ajudar na ereção, desde que usados sempre sob orientação médica. "Muitas vezes o idoso compra na farmácia e não sabe usá-lo corretamente. A automedicação é perigosa", diz Busse.

Para as mulheres, lubrificantes à base de água diminuem a dor da penetração e, em alguns casos, pode ser recomendada a reposição hormonal. "O climatério pode levar à diminuição do desejo para algumas. Às vezes, é indicada a reposição, desde que tenha orientação correta", afirma Busse. Para saber qual a melhor maneira de superar as barreiras físicas, as mulheres devem consultar um ginecologista e um geriatra.

No caso de transtornos de ansiedade ou depressão, que também causam queda da libido, é importante procurar um psicólogo ou psiquiatra, segundo Busse.

Outros obstáculos impedem uma vida sexual plena para homens e mulheres, como a artrite, que leva à dificuldades para se movimentar devido à dor. Segundo estudo recente realizado nos Estados Unidos, implantes no quadril melhoraram a frequência sexual de 81% dos 147 pacientes submetidos à cirurgia.

A avaliação médica é fundamental para driblar esses problemas e para controlar doenças crônicas. Para Buksman, mesmo os casos de doenças reumáticas, cardíacas e pulmonares, que impedem atividades físicas, têm solução. "Pode-se praticar sexo de várias maneiras, pois sexualidade não é sinônimo de penetração. Um carinho, um beijo, uma dança mostram que a sensualidade e a sexualidade estão presentes".

Barreiras culturais e psicológicas

Os múltiplos estereótipos e preconceitos interferem muito na vida sexual. "A sociedade ainda vê a sexualidade na velhice como um tabu, algo reservado aos mais jovens. Há a exigência de que os homens não podem falhar e as mulheres têm de ter beleza e juventude como fontes únicas de atratividade. Tudo isso causa a diminuição do sexo", afirma Ana Teresa. Para Buksman, os próprios idosos se discriminam em relação à aparência. "Cultuamos o jovem, o esguio; há uma depreciação do aspecto físico do idoso", afirma.

Segundo ele, a sociedade incutia na cabeça das pessoas que o sexo na terceira idade seria algo profundamente inadequado, e isso coloca uma barreira psicológica principalmente para a mulher idosa. "Ela pensa que já passou dessa fase, que é uma avó e tem que se dar ao respeito", afirma.

A forma como a pessoa viveu o sexo ao longo da vida também influencia como ele será na terceira idade. Uma pessoa que foi reprimida, não teve uma vida sexual feliz na fase adulta, tampouco a informação correta sobre o tema, certamente encontrará muitas barreiras, o que é mais comum entre as mulheres. "Muitas praticavam sexo como uma obrigação, para satisfazer o marido e reproduzir. Passado o período reprodutivo, essas mulheres que não tiveram prazer começam a negar o sexo", afirma Buksman.

O relacionamento com o parceiro também influencia na atividade sexual. Segundo o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr, diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), casais que ainda se amam e mantém o contato físico no dia a dia tendem a ter mais atividade sexual. "É importante fazer planos cotidianos a dois e ter cuidado com a saúde física e mental, o que beneficiará ambos", afirma.

Libertação na velhice

Para Ana Teresa, o sexo na terceira idade pode ser libertador e prazeroso, mas depende de como se encara a velhice e as modificações que ela causa em todos os aspectos da vida. "O idoso pode lidar com conformismo e rejeição ou levar a velhice com criatividade", afirma. "O avanço não é devolver ao velho a performance do jovem, mas conseguir novas formas de satisfação", diz Ana.

É possível conseguir atingir a plenitude sexual na velhice. "Tem gente que abre mais a cabeça e se conhece melhor com o passar da idade e o sexo se torna mais prazeroso", diz Busse.

Mas, em qualquer idade, o sexo exige proteção. "É preciso alertar para o aumento no índice de doenças sexualmente transmissíveis em idosos, incluindo o HIV. Os mais velhos raramente usam preservativos, mas também devem evitar o comportamento de risco, usando camisinha para evitar doenças sexualmente transmissíveis", afirma Busse.

Por Uol

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Incontinência urinária, um problema que incomoda muito


"Incontinência, um problema que incomoda muito"
Relata Dra. Maura Seleme ( Fisioterapeuta pélvica)

Ana Carolina Bendlin
Divulgação

Pouca gente sabe, mas uma a cada três mulheres vão sofrer de incontinência urinária antes do envelhecimento. É o que revela a especialista em Fisioterapia Pélvica e coordenadora da Faculdade Inspirar, Maura Seleme. E o pior: uma pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que o distúrbio ainda pode afetar a sexualidade das mulheres.

São vários os fatores que fazem com que o distúrbio atinja as mulheres. “Como elas têm fenda vaginal, a descida dos órgãos fica favorecida. A gravidez e o parto também contribuem, assim como a diminuição da taxa hormonal na menopausa, que enfraquece a musculatura do assoalho pélvico”, explica Maura.

Por último, há ainda mais um fator. “Exercícios de alto impacto também causam incontinência, principalmente em mulheres que participam de competições”, completa ela. De acordo com o médico urologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no Hospital de Clínicas (HC), Luiz Carlos de Almeida Rocha, existem dois tipos de incontinência. “A funcional, que se deve à hiperatividade da bexiga, e a de esforço, que é causada por esses fatores”.

Segundo o médico, a realização de cirurgias cesarianas em vez de partos normais pode contribuir com a prevenção, evitando lesões no assoalho pélvico. Além disso, ele sugere que as mulheres façam exercícios específicos para a região com orientação de um fisioterapeuta. “Esses movimentos fazem com que o músculo do assoalho pélvico ganhe mais tonicidade, mas têm que ser feitos antes da menopausa para que tenham resultado”, comenta.

Maura ensina um dos exercícios que podem ser feitos. “É só contrair o ânus, como se fosse evitar um pum de sair, pois assim, você contrai todos os músculos do assoalho pélvico. Faça isso por seis segundos e depois relaxe por mais seis segundos, repetindo o procedimento 20 vezes em cada período do dia - manhã, tarde e noite”, explica. Outras recomendações são caminhar meia hora três vezes por semana, não engordar, beber muita água e fazer fisioterapia durante a gravidez.

Tratamento

A fisioterapia também é usada no tratamento da incontinência, quando a mulher já sofre com o distúrbio. “Na menopausa, costumamos fazer o tratamento com reposição hormonal e exercícios, que a complementam, só que a mulher tem que ser muito disciplinada porque é preciso regularidade. Inclusive, ela pode fazer sozinha depois que aprende com o fisioterapeuta”, comenta Rocha.

Em último caso, pode-se recorrer à cirurgia para devolver sustentação à uretra. “É um procedimento relativamente simples, mas o problema é que não dá certo algumas vezes, principalmente quando houver excesso de peso, pois o abdômen cai sobre a bexiga”, explica. Neste caso, é preciso tratar a complicação com uma nova cirurgia. “É preciso que sempre começamos o tratamento com a fisioterapia, que tem resultados melhores”.

Maura concorda com ele. “A fisioterapia é menos invasiva e mais barata, não agredindo o organismo da paciente, mas ela só funciona quando o problema é anatômico, não funcional”, reforça. Também ensina a mulher a urinar corretamente, com postura adequada. Ela ainda garante que, pensando na saúde das mulheres curitibanas, a Faculdade Inspirar começa a oferecer tratamento gratuito a partir de agosto deste ano.

Sexualidade prejudicada

Um estudo recente da Unifesp aponta que, além de incômoda, a incontinência urinária afeta a sexualidade das mulheres. Durante todo o ano passado, 163 mulheres foram avaliadas e ficou comprovado que 53% das que sofrem de incontinência apresentam algum tipo de disfunção sexual. Nas mulheres que não têm o distúrbio, o índice cai para 23%.

“Avaliamos vários aspectos - desejo, prazer, excitação, orgasmo, interação com o parceiro - e todos eles são prejudicados quando elas têm incontinência, ainda mais porque mais de 40% delas tem perdas de urina durante o ato sexual”, conta o urologista Fernando Almeida, que orientou a pesquisa, apresentada como tese de mestrado pela fisioterapeuta Mariana Rhein. Além da perda durante o ato, as mulheres se sentem feias e sujas, segundo ele, o que as prejudica ainda mais.

A próxima fase da pesquisa deve avaliar os resultados do tratamento nas mulheres que participaram do grupo analisado. “A Organização Mundial de Saúde (OMS) relaciona a atividade sexual como um dos critérios para avaliar a qualidade de vida das pessoas. Por isso, o estudo é tão importante”, opina. Para Maura, o número de mulheres que perdem o desejo devido ao distúrbio poderia ser menor se houvesse mais conscientização. “O assunto ainda é tabu e, como a fisioterapia não é oferecida no sistema público, as mulheres ficam sem opção de tratamento”.




sábado, 30 de março de 2013

Obesos apresentam mais chances de ter disfunção sexual

Guia: Redução de Estômago > Obesos apresentam mais chances de ter disfunção sexual


Se comparado a população de peso normal, os obesos apresentam mais chances de ter disfunção sexual, foi o que revelou um estudo publicado em dezembro de 2012 na revista Obesity, que levou em consideração além da disfunção erétil, outros fatores como libido e satisfação sexual.

Alterações hormonais, circulatórias e os problemas psicológicos são os principais fatores que influenciam nos problemas sexuais enfrentados tanto de homens como de mulheres, além das doenças associadas como hipertensão arterial e diabetes.

Mas, um estudo publicado no jornal da associação de Medicina americana revelou uma boa notícia! A redução do peso e a mudança no estilo de vida podem melhorar a função sexual, através de uma melhora nos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas.

O estudo serve para lembrar que o sobrepeso, principalmente o excesso de gordura na circunferência abdominal, influencia diretamente no desempenho sexual e no caso dos homens, na disfunção erétil, pois o excesso de peso interfere na capacidade de enviar sangue para o pênis, além de diminuir a produção de testosterona.

O fato é que a obesidade pode sim, atrapalhar a vida sexual, e emagrecer ajuda a reduzir não só esse problema como também melhora a autoestima e proporciona mais qualidade de vida. Afinal sexo é saúde e todo mundo quer ter uma vida sexual plena e satisfatória, não é verdade?

sábado, 23 de março de 2013

Fisioterapia pélvica também atua em algumas disfunções sexuais masculinas!

As 5 doenças sexuais mais comuns entre os homens
Conheça algumas das doenças sexuais mais comuns entre homens e como tratá-las

Roberto Amado, da
inShare
Wikimedia Commons

Déficit de testosterona é uma das mais comuns, e afeta não só a vida sexual como também os ossos, o nível de energia, a força dos músculos e até o humo.

A Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte divulgou, recentemente, o resultado de um estudo relacionado com as principais questões sexuais masculinas. Veja quais são e as opções de tratamento.


Disfunção erétil

Mais conhecida como impotência, a disfunção erétil é a incapacidade de ter ou manter a ereção. Segundo o estudo, a questão é ampla, já que para sustentar uma ereção é preciso um bom fluxo sanguíneo. Assim, a impotência pode ser um sinal importante de doenças cardíacas ou vasculares. O estudo mostra que a grande maioria de homens que passam por eventos cardíacos relatam sofrer de disfunção erétil por três a cinco anos.

Síndrome de Déficit de Testosterona

Também conhecida como hipogonadismo (ou diminuição da função dos testículos), o déficit de testosterona afeta não só a vida sexual como, também, os ossos, o nível de energia, a força dos músculos e até o humor. O médico deve recomendar um exame para verificar o nível de testosterona e, se for o caso, realizar tratamento de reposição do hormônio. Alguns homens com níveis baixos de testosterona não apresentam nenhum tipo de sintoma.

Doença de Peyronie

Envolve o estreitamento ou a curvatura do pênis. Se pronunciada, pode provocar dores e até impedir a relação sexual. É uma deformação, provocada por uma cicatriza nodosa no tecido, que se manifesta como uma espécie de caroço sólido, frequentemente na parte superior do pênis. Pode ser corrigido com cirurgia ou outros tratamentos alternativos.

Priapismo

Há homens cujas ereções podem durar até quatro horas seguidas e nos casos em que se prolongam por mais tempo, podem provocar danos ao pênis. O tratamento procura drenar o excesso de sangue local.

Disfunção da ejaculação

Esse é o tipo mais comum dos problemas sexuais: ejaculação precoce — caracterizada pela ejaculação em até dois minutos após a estimulação sexual. Um terço dos homens sofre ou já sofreram o problema. Segundo o estudo, esse problema é mais comum em homens abaixo dos 40 anos. Hoje, já existem antidepressivos que ajudam na solução do problema.

Disfunção Sexual nas mulheres!


BAIXO NÍVEL DE TESTOSTERONA NAS MULHERES PODE SER UMA DAS CAUSAS DA DISFUNÇÃO SEXUAL
DISFUNÇÃO SEXUAL OCORRE SEJA POR FALTA DE DESEJO, DE ESTÍMULO, DE ORGASMO OU PRESENÇA DE DOR

Ocupamos o sonhado espaço no mercado de trabalho. Estamos no comando de algumas das principais economias. Conseguimos uma visibilidade quase utópica anos atrás. Mas na cama, 46% de nós, mulheres, ainda relatam experiências de disfunção sexual, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a incapacidade de ter relações sexuais com satisfação. Cansaço, estresse, pouca sintonia com o parceiro, influência de medicamentos constantemente são citados para justificar a ausência de prazer. De fato, esses e outros tantos podem interferir no sucesso de uma relação. Mas uma pesquisa inédita do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG) veio somar causas e buscar novas abordagens para o problema.

A pesquisa “Avaliação da frequência de alterações hormonais em mulheres no menacme com disfunção sexual”, tema da dissertação de mestrado da ginecologista e sexóloga Fabiene Vale, revelou a relação dos baixos níveis de testosterona com desordens, que podem afetar o desejo, a excitação, o orgasmo e causar dor durante ou depois do sexo. Segundo a pesquisadora do HC, para uma função sexual adequada toda mulher precisa de androgênio – sendo a testosterona o mais importante. Os níveis do hormônio começam a diminuir a partir dos 20 anos, de forma lenta, até chegar à menopausa, quando há uma queda abrupta. “A novidade é a descoberta de mulheres em período reprodutivo, com 44 anos no máximo, com níveis de testosterona muito abaixo da normalidade e quadro de disfunção”, explica Fabiane.

Das 60 mulheres estudadas, entre 18 e 44 anos e com queixa de disfunção sexual, 75% apresentaram baixos níveis de testosterona, ou a síndrome de insuficiência androgênica feminina. Só foram incluídas na amostra pacientes sem problemas psicológicos, sociais ou no relacionamento, com o objetivo de permitir a observação isolada da influência das alterações hormonais. Nenhuma delas tomava medicamentos, que também poderiam influenciar. Todas as mulheres envolvidas na pesquisa são pacientes do Ambulatório de Sexologia Ginecológica do Hospital das Clinicas, que desde 2011 atende queixas sexuais como ausência do desejo sexual espontâneo ou mesmo após algum estímulo, falta de excitação e/ou dificuldade de lubrificação vaginal, dificuldade ou ausência de orgasmo e dor na relação sexual ou dificuldade de permitir a penetração, o chamado vaginismo.


Pesquisadora do HC Fabiene Vale explica que toda mulher precisa de androgênio para ter uma função sexual adequada
Para o coordenador do ambulatório e orientador da pesquisa, o professor do Departamento de Ginecologia Selmo Geber, trata-se da primeira pesquisa desenvolvida no ambulatório. “As mulheres com queixas sexuais geralmente estão infelizes e não tinham onde procurar ajuda no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, a mulher que não sente desejo e não tem orgasmos encontra esse atendimento à disposição. E como estamos em um hospital universitário, temos dados para pesquisas. O próximo passo é um estudo que busque alternativas de tratamentos”, adianta o ginecologista. Os mecanismos responsáveis pela resposta sexual feminina ainda não estão totalmente esclarecidos. Sabe-se que alterações anatômicas, desequilíbrios neuroendócrinos ou a diminuição dos hormônios sexuais podem levar à disfunção. Os fatores biológicos são apenas parte do problema, que envolve fatores psicológicos e sociais.

E.B.S., de 32 anos, vivenciou essa realidade. Casada há oito anos, foi diagnosticada com “Distúrbio do desejo sexual hipoativo, um dos tipos de disfunção sexual” (Veja quadro). “Durante um ano observei diminuição do desejo sexual e nos últimos meses perdi completamente a vontade de fazer sexo. Não tinha vontade nenhuma de começar uma relação e no último mês, antes de procurar ajuda, tive apenas uma relação, muito ruim. Tenho um ótimo relacionamento com o meu marido, ele é bom pai e ótimo companheiro, mas isso estava me deixando triste e ele insatisfeito”, relata. Depois de exames com dosagem de testosterona, foi confirmada a baixa nos índices do hormônio. A paciente passou por seis semanas de tratamento com medicação e terapia sexual. “Resgatei meu desejo sexual, estamos tendo quatro relações satisfatórias por semana. Melhorei a convivência com o meu marido também em outros aspectos.”

Gatilho do sexo As disfunções sexuais são os transtornos mais comuns da sexualidade, que incluem ainda os transtornos de preferência sexual e os transtornos de identidade sexual. Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o ato sexual se divide em desejo, excitação e orgasmo. Em todos eles a mulher pode sofrer bloqueios e/ou dor. Entretanto, é necessário que exista sofrimento para se fazer uma intervenção. Geralmente seis meses de evolução do quadro são necessários para fechar o diagnóstico de disfunção sexual. “Não se intervém na primeira semana. Em geral, é preciso avaliar o contexto e tratar também o contexto.”
O sexo, segundo a especialista, começa com um desejo. Esse é o gatilho que acelera a frequência cardíaca e respiratória, alterando também a pressão e a temperatura corporal. Tudo isso leva, no caso do homem, à ereção, e, no caso da mulher, à lubrificação da vagina. Essa fase é a excitação. Se tudo corre bem os parceiros chegam ao clímax de prazer, o orgasmo. A partir daí se entra na resolução do ato, ou saciedade, em que respiração e frequência cardíaca voltam aos níveis anteriores. Mas homens e mulheres passam de forma diferente por essas fases. O homem entra na relação com muito desejo e logo entra na fase de excitação, afinal seu estímulo é visual. O da mulher é auditivo, tátil, seu desejo vem com a proximidade. Daí a necessidade das preliminares. A resolução do homem é rápida, a da mulher paulatina.

Só 10% das mulheres têm desejo sexual espontâneo, a maioria precisa de um desejo responsivo para se excitar. A partir daí, a excitação é maior e ela chega a uma satisfação emocional e física. “A mulher não precisa iniciar o ato com desejo e se isso não ocorrer não significa que é uma disfunção. Não ter organsmo também não é, necessariamente, uma disfunção sexual. Ficar neutra durante o ato é possível sem que seja caracterizada a disfunção. A mulher precisa estar saudável física, emocional, cultural e socioeconomicamente, além de ter um parceiro. É isso que garante integridade e integração. E mulher precisa de estímulo. Ela tem outro perfil hormonal, neuropsicológico e psicossocial.”

Segundo Fabiene Vale, para quem deseja uma vida sexual saudável, carinho e companheirismo podem ajudar. Atualmente, o modelo mais aceito para explicar a resposta sexual nas mulheres reforça a importância da intimidade emocional com o parceiro e a satisfação da própria percepção de desejo e necessidade sexual. A ginecologista alerta não ser possível pelo estudo afirmar qual seria a prevalência desse problema na população em geral. Porém, é certo que seja alto o índice de mulheres afetadas por essa síndrome. “Por isso, é preciso tratar esse assunto como um problema de saúde pública”, defende a pesquisadora, que já prevê que o próximo passo será quantificar essas mudanças. “Com mais esse dado em mãos será possível propor uma melhor abordagem no tratamento”, comemora.

Tipos de disfunção

Distúrbio do desejo sexual hipoativo – Caracterizado pela falta de libido, a falta de vontade de fazer sexo mesmo diante de motivação. A paciente simplesmente não consegue ter desejo sexual. Essa é a disfunção mais comum.

Distúrbio da excitação – A mulher não consegue manifestações do corpo diante de um estímulo sexual. Pode ficar com a vagina seca, não ter ereção dos pelos e dos mamilos, nem taquicardia e aumento da frequência respiratória. O corpo não responde ao estímulo.

Distúrbio do orgasmo – Caracteriza-se pela não capacidade de atingir o orgasmo, o relaxamento completo da tensão sexual que dá satisfação e leva ao bem-estar e sensação prazerosa.

Disfunção da dor sexual – Pode ser por dispareunia, que é a dor durante o ato sexual, ou vaginismo, quando a mulher tem a impossibilidade da penetração devido a uma contração involuntária da musculatura pélvica. É comum em jovens que têm desej, mas não conseguem ser penetradas. O vaginismo não tem causa psicológica e é o mais fácil de tratar.

Carolina Cotta
Estado de Minas - http://goo.gl/PlON4

segunda-feira, 18 de março de 2013

Importante: Atividades esportivas podem causar disfunções do assoalho pélvico!


A prática de exercícios físicos é comum entre as mulheres devido a sua importância na prevenção de doenças, manutenção da saúde e bem estar. Porém alguns tipos de atividade, como aquelas de alto impacto, podem estar associados a disfunções do assoalho pélvico.
Em estudos nacionais e internacionais, observou-se uma alta prevalência de disfunções do assoalho pélvico em atletas jovens e nulíparas (mulheres que nunca tiveram filhos). A disfunção mais comum é a incontinência urinária e anal, mas também podem ocorrer prolapsos dos órgãos pélvicos, dor e disfunção sexual.
As atividades que parecem ter um maior efeito negativo sobre o assoalho pélvico são vôlei, basquete, ginástica, trampolim e atletismo. A fisioterapeuta Maria Beatriz Alvarenga de Almeida e seus colaboradores verificaram, em um estudo publicado em 2011, que o principal mecanismo relacionado às disfunções do assoalho pélvico seria o aumento repetitivo da pressão intra-abdominal, que causa sobrecarga sobre as estruturas que compõem o assoalho pélvico, podendo levar a deficiências funcionais desta musculatura, tais como fadiga e incoordenação muscular.
A incontinência urinária e anal causa impacto negativo na qualidade de vida das atletas, podendo atrapalhar sua concentração, induzir a redução da hidratação e até fazer com que a mulher deixe de praticar a modalidade esportiva.
A principal forma de prevenção e tratamento para estas disfunções é a Fisioterapia, com enfoque no treinamento dos músculos do assoalho pélvico. É fundamental que as mulheres jovens, praticantes de atividade de alto impacto, sejam informadas quanto às possíveis consequências da atividade física intensa sobre a função do assoalho pélvico e as possibilidades de prevenção e tratamento.

Renata de Oliveira Cangussu
Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
(31) 9537-6607

domingo, 10 de março de 2013

Fisioterapia pélvica!

FISIOTERAPIA PÉLVICA:
 
Importante para gestantes, crianças com disfunções miccionais, mulheres na menopausa, enfim, essa fisioterapia engloba a uroginecologia, urologia, coloproctologia, algias pélvicas e sexualidade é também considerada uma das profissões na fisioterapia que possui o maior número de evidências científicas que lhe dão reconhecimento nacional e internacional, tornando-se uma das primeiras opções de tratamento para as disfunções pélvicas.  Possuímos uma clientela enorme, pois um terço das mulheres no mundo todo precisam de tratamento conservador relativo as disfunções pélvicas.
 
ELAINE SPINASSÉ CAMILLATOFisioterapeuta
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia ou
Fisioterapia pélvica
Mestre em Ciências da Saúde
http://fisioterapiapelvica.blogspot.com.br/
(31) 8801 6434

Fisioterapia na saúde da mulher e do homem: Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% da...

Fisioterapia na saúde da mulher e do homem: Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% da...: Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% das mulheres   O distúrbio sexual é duas vezes maior nas mulheres com perda involuntá...

Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% das mulheres

Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% das mulheres
 
O distúrbio sexual é duas vezes maior nas mulheres com perda involuntária de urina, de acordo com pesquisa da Unifesp
A perda involuntária de urina afeta de forma devastadora a qualidade de vida das pessoas. As mulheres, entretanto, são as mais prejudicadas, inclusive sexualmente, uma vez que esse problema é bem mais frequente no sexo feminino.

Uma pesquisa realizada no Ambulatório de Disfunção Miccional do Hospital São Paulo/Hospital Universitário da Unifesp aponta que, entre as 163 mulheres sexualmente ativas avaliadas, com média de idade de 50 anos, 53% das que sofrem de incontinência urinária apresentam disfunção sexual. Esse índice foi duas vezes menor (23%) no grupo que não apresenta perda de urina (grupo controle).

De acordo com Fernando Almeida, urologista e orientador da pesquisa – apresentada como tese de mestrado na Unifesp pela fisioterapeuta Mariana Rhein –, foram avaliados vários pontos relativos à sexualidade, entre eles, o desejo e a satisfação sexual, o conforto e a sintonia com o parceiro. “Em todos os parâmetros estudados em ambos os grupos, os resultados foram piores nas mulheres com incontinência”, afirma. “Principalmente porque, em 44% delas, há perda de urina durante a relação sexual, o que atrapalha não apenas o desejo como também orgasmo”.

Muitas podem ser as causas da perda involuntária de urina. Entre elas estão fatores genéticos, obesidade, gravidez, pós-parto, cirurgias e traumas na região pélvica e problemas de bexiga hiperativa. "Mas, a mais comum ainda é a decorrente de esforço ou estresse”, afirma o urologista.

Tratamento é simples e eficaz

O medo e a vergonha de expor o problema ao especialista adia o tratamento, que é simples e eficaz em 90% dos casos, por até 10 anos.

Fernando Almeida explica que o tratamento consiste, principalmente, no fortalecimento dos músculos da região pélvica com fisioterapia ou com uma cirurgia de baixo risco ao paciente.

Fonte: site da Unifesp dgi.unifesp.br/comunicacao/noticias.php?cod=8875

terça-feira, 5 de março de 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Fisioterapia Uro-ginecológica nas disfunções sexuais






A disfunção sexual é um problema que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Pode ser de origem orgânica ou psicológica, mas, independente disso, na maioria das vezes tem cura. Existem diversos tipos de tratamento, entre eles a fisioterapia uro-ginecológica, que trata homens e mulheres com vários tipos de disfunção sexual.
 
Os principais problemas de disfunção sexual feminina que podem ser tratados com a fisioterapia são a dispaneuria, ou seja, dores no momento da relação sexual, a anorgasmia (falta de orgasmo), o vaginismo, que é a dificuldade de relaxamento da musculatura vaginal no momento da relação e quando há a diminuição da lubrificação vaginal e mesmo da libido. O tratamento para as mulheres é realizado dependendo da causa do problema que se apresenta. Pode ser em nível vaginal (flacidez ou espasmo da musculatura da vagina) ou do clitóris (atrofia ou diminuição circulatória).
 
Já com os homens os principais problemas que são tratados com a técnica são a ejaculação precoce ou falta de controle ejaculatório e as dificuldades em manter a ereção. Para os homens, os mais indicados são os exercícios perineais. Eles são realizados com ou sem o auxilio de aparelhos de fisioterapia, destinados ao tratamento urogenital. São exercícios com nível de dificuldade graduados dependendo de força muscular que o paciente apresenta e o nível que ele possa atingir.
 
 
Além de tratar as disfunções sexuais, a fisioterapia uro-ginecológica tem um importante papel nos casos de incontinência anal (perda de fezes e/ou gases), incontinência urinária de urge-incontinência, que é a perda urinária diante de uma urgência miccional e incontinência urinária de esforço, que é a perda de urina em esforços, como carregar peso, tossir ou espirrar, tanto em homens quanto em mulheres. Nos homens a incontinência pode acontecer após cirurgias de próstata, de hérnia discal ou cirurgias pélvicas – esses casos podem ainda ser minimizados se o tratamento com fisioterapia for iniciado no pré-operatório. Na mulher a causa mais freqüente é a flacidez da musculatura pélvica que além da incontinência urinária, pode levar a mulher a apresentar queda de órgãos internos (bexiga e útero), que em casos leves a moderados podem ser tratados com a fisioterapia e em casos mais graves a fisioterapia deve ser feita no pré e pós-operatório.

Elaine Spinassé Camillato
Especialista em Uro-ginecologia e obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
(31) 8801 6434