quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quais fatores podem ocasionar frigidez feminina?

Por Eliane Marçal - psicóloga clínica


Frigidez feminina é falta de amor, carinho, desejo e excitação. É considerada uma disfunção ou alteração da função sexual apresentada como bloqueio parcial ou total da resposta psicológica e fisiológica da excitação. As características são déficit ou falta de fantasias sexuais e ausência do desejo de ter qualquer atividade sexual, levando a dificuldades de relacionamento e sofrimento. 

Este transtorno pode acometer a mulher durante toda a vida afetiva, por um determinado período em função de uma circunstância limitante ou no relacionamento com o parceiro. Fatores físicos e psicológicos determinam o aparecimento desse quadro. Físicos: dor na relação sexual, alterações hormonais, debilidade física por doença ou uso inadequado de remédios etc. Os fatores psicológicos causadores da frigidez feminina vão do desconhecimento do próprio corpo, em mulheres que recebem educação castradora, ao medo de engravidar, religião, crendices, experiência obstétrica traumática, envelhecimento e violência sexual - abuso e estupro. 

Mulheres que se cobram aquém do que gostariam acabam se preocupando mais com o desempenho do que com a satisfação. Ou não gostam de seus corpos, sentem vergonha dos órgãos genitais, se acham fora de forma; deixando-as pouco a vontade na hora de se expor; e passam a negar sua sexualidade e atividade ligada a este aspecto das suas vidas. 

Muitos homens perguntam ao final da relação sexual se a mulher está satisfeita muito mais como uma prerrogativa do que preocupação de fato. Mas a baixa autoestima faz a mulher aceitar o relacionamento precário com sua sexualidade e passar momentos de sua vida sem desfrutar do prazer que é digno e merecido de todas as pessoas. 

A revolução feminina trouxe benefícios à mulher e sua sexualidade, mas ainda hoje existem as que sofrem sozinhas ou fingem prazer que nunca tiveram para manter relacionamentos vazios por não acreditarem que podem e devem ter uma sexualidade prazerosa e feliz. 


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mais uma publicação: "Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária"


Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária

Acessem o link:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1809-29502013000100015&script=sci_abstract

Espero que gostem!
Abraço

Dùvidas?
Elaine Spinassé Camillato
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
Rua do Ouro, 93, sala 502, Serra
(31) 8801 6434

domingo, 16 de junho de 2013

Incontinência urinária causa depressão em mulheres com menos 65 anos


Mulheres têm que abrir mão de atividades por causa do problema




Mulheres com idades entre 43 e 65 anos são mais propensas a sofrer depressão por problemas de saúde comuns, como incontinência urinária, descobriu uma pesquisa da Universidade de Adelaide. Segundo o pesquisador Jodie Avery, as mulheres até 65 anos foram mais prováveis a ficarem deprimidas com o problema do que as com idades entre 65 e 89 anos. 

Jodie explicou que a autoestima das mulheres mais jovens tende a ser duramente atingida pela incontinência urinária, enquanto as mulheres mais velhas são mais resistentes e aceitam a condição. Questões-chave para as mais jovens, como vida sexual, familiar, esportes e lazer, são afetadas pela doença. 

No auge da vida, a pesquisadora disse que as mulheres com incontinência costumam reclamar que não podem mais ir à academia, passear ou dançar sem se preocupar com o problema. A incontinência urinária atinge cerca de 35% da população feminina e a principal causa é a gravidez.

"Nossos estudos mostram que 20% da população incontinente têm depressão”, disse Jodie. Os doentes são resistentes a pedir ajuda, mas o aconselhamento é importante. 

A primeira opção de tratamento para incontinência urinária é sempre a fisioterapia, e nos casos que a fisioterapia não resolver 100%, deve ser indicado a cirurgia.

Faça uma avaliação fisioterapêutica especifica!

Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta

Esp. Uroginecologia, Obstetrícia, Proctologia e Sexualidade

Mestre em Ciências da Saúde
8801 6434

Rua do Ouro, 93, sala 502

Belo Horizonte


sábado, 15 de junho de 2013

Mitos podem provocar problemas sexuais

Por Cláudia Azevedo/Ciência 2.0 

"Os mitos do macho latino", entre os homens, e o conservadorismo, entre as mulheres, são alguns dos principais fatores de risco para problemas sexuais, como explica o sexólogo Pedro Nobre, em entrevista ao Ciência 2.0.

"As nossas crenças e atitudes sobre a sexualidade têm um papel determinante na nossa resposta sexual e na nossa satisfação sexual", refere Pedro Nobre, responsável pelo SexLAB, primeiro Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto - FPCEUP, em parceria com o CINEICC - FPCEUC e a Universidade de Aveiro).

Na prática, "estudos mostram que as crenças funcionam como fator de risco. Há crenças, umas mais associadas ao homem e outras mais ligadas à mulher, que os tornam mais vulneráveis a um problema sexual".

No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Esta exigência extrema acompanha-se de uma "catastrofização": se falharem, não são homens. Curiosamente, vira-se o feitiço contra o feiticeiro, sendo que "estas crenças estão muito associadas à disfunção eréctil e à ejaculação prematura".No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Nas mulheres, "o conservadorismo (sexo apenas no âmbito de uma relação estável e pós-marital) e a passividade sexual influenciam negativamente a sexualidade". Enquanto nos homens continua a haver alguma transversalidade, independentemente da idade, da educação e do estatuto socioeconómico, "nas mulheres há uma maior diversidade em função destes fatores". 

Por outro lado, continua Pedro Nobre, "há cada vez mais mulheres, sobretudo mais jovens, que pensam que devem estar sempre 'prontas', que devem ter orgasmo durante o coito, orgasmos múltiplos ou simultâneos. Quanto mais irrealistas são as expectativas, mais fácil é haver uma discrepância com a realidade".

Nas revistas femininas, "a maior parte das mensagens sobre sexo é de grande exigência. O termo de comparação é muitas vezes difícil de atingir. Isto é mau, sobretudo quando não há quem contradiga esses mitos", conclui Pedro Nobre.