domingo, 16 de junho de 2013

Incontinência urinária causa depressão em mulheres com menos 65 anos


Mulheres têm que abrir mão de atividades por causa do problema




Mulheres com idades entre 43 e 65 anos são mais propensas a sofrer depressão por problemas de saúde comuns, como incontinência urinária, descobriu uma pesquisa da Universidade de Adelaide. Segundo o pesquisador Jodie Avery, as mulheres até 65 anos foram mais prováveis a ficarem deprimidas com o problema do que as com idades entre 65 e 89 anos. 

Jodie explicou que a autoestima das mulheres mais jovens tende a ser duramente atingida pela incontinência urinária, enquanto as mulheres mais velhas são mais resistentes e aceitam a condição. Questões-chave para as mais jovens, como vida sexual, familiar, esportes e lazer, são afetadas pela doença. 

No auge da vida, a pesquisadora disse que as mulheres com incontinência costumam reclamar que não podem mais ir à academia, passear ou dançar sem se preocupar com o problema. A incontinência urinária atinge cerca de 35% da população feminina e a principal causa é a gravidez.

"Nossos estudos mostram que 20% da população incontinente têm depressão”, disse Jodie. Os doentes são resistentes a pedir ajuda, mas o aconselhamento é importante. 

A primeira opção de tratamento para incontinência urinária é sempre a fisioterapia, e nos casos que a fisioterapia não resolver 100%, deve ser indicado a cirurgia.

Faça uma avaliação fisioterapêutica especifica!

Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta

Esp. Uroginecologia, Obstetrícia, Proctologia e Sexualidade

Mestre em Ciências da Saúde
8801 6434

Rua do Ouro, 93, sala 502

Belo Horizonte


sábado, 15 de junho de 2013

Mitos podem provocar problemas sexuais

Por Cláudia Azevedo/Ciência 2.0 

"Os mitos do macho latino", entre os homens, e o conservadorismo, entre as mulheres, são alguns dos principais fatores de risco para problemas sexuais, como explica o sexólogo Pedro Nobre, em entrevista ao Ciência 2.0.

"As nossas crenças e atitudes sobre a sexualidade têm um papel determinante na nossa resposta sexual e na nossa satisfação sexual", refere Pedro Nobre, responsável pelo SexLAB, primeiro Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto - FPCEUP, em parceria com o CINEICC - FPCEUC e a Universidade de Aveiro).

Na prática, "estudos mostram que as crenças funcionam como fator de risco. Há crenças, umas mais associadas ao homem e outras mais ligadas à mulher, que os tornam mais vulneráveis a um problema sexual".

No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Esta exigência extrema acompanha-se de uma "catastrofização": se falharem, não são homens. Curiosamente, vira-se o feitiço contra o feiticeiro, sendo que "estas crenças estão muito associadas à disfunção eréctil e à ejaculação prematura".No caso dos homens, essas crenças traduzem-se por aquilo a que o sexólogo chama "mitos do macho latino", ou seja, "ideias irrealistas ou inalcançáveis relativamente à sexualidade (um homem deve estar sempre 'pronto', nunca pode 'falhar', deve sempre tomar a iniciativa, nunca pode dizer não)".

Nas mulheres, "o conservadorismo (sexo apenas no âmbito de uma relação estável e pós-marital) e a passividade sexual influenciam negativamente a sexualidade". Enquanto nos homens continua a haver alguma transversalidade, independentemente da idade, da educação e do estatuto socioeconómico, "nas mulheres há uma maior diversidade em função destes fatores". 

Por outro lado, continua Pedro Nobre, "há cada vez mais mulheres, sobretudo mais jovens, que pensam que devem estar sempre 'prontas', que devem ter orgasmo durante o coito, orgasmos múltiplos ou simultâneos. Quanto mais irrealistas são as expectativas, mais fácil é haver uma discrepância com a realidade".

Nas revistas femininas, "a maior parte das mensagens sobre sexo é de grande exigência. O termo de comparação é muitas vezes difícil de atingir. Isto é mau, sobretudo quando não há quem contradiga esses mitos", conclui Pedro Nobre.