terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mulheres após cirurgias pélvicas tem indicações para fisioterapia Uro-ginecológicas!



O Câncer do colo do útero é o segundo tumor mais comum em mulheres em todo o mundo e devido aos avanços diagnósticos e terapêuticos, as taxas de sobrevida global em 5 anos aproxima-se de 70%. Distúrbios na micção, defecação, sexualidade e qualidade de vida têm sido descritos, freqüentemente causada por diferentes tratamentos. Abordar estas comorbidades no acompanhamento médico é muitas vezes limitada ou inexistente.

Durante a histerectomia radical, ruptura das fibras nervosas autonômicas que inervam a bexiga parece ser a principal causa de disfunção miccional. Até 36% das mulheres relatam disfunção miccional; de 10 a 80%, incontinência urinária de esforço (IUE), devido à diminuição da pressão de fechamento uretral. Após a histerectomia radical e / ou radioterapia, encurtamento vaginal e estenose é freqüentemente observado. A função sexual é alterada nessas mulheres que freqüentemente relatam disfunção sexual devido à falta de lubrificação e dor.

CONCLUSÕES:

A disfunção miccional e incontinência urinária são os problemas urinários mais freqüentes que ocorrem em pacientes tratados para o câncer cervical. Avaliação uroginecológica sistêmica dos sintomas sugestivos de disfunções miccionais pode ser útil para detectar os casos que podem ser avaliados e tratados em uma Unidade de Uroginecologia.


1. Actas Urol Esp. 2013 Jan; 37 (1): 40-6. doi: 10.1016 
[Impacto do tratamento do câncer do colo do útero na micção e na função sexual].

[Artigo em espanhol]
Ros C1, Espuña M.
Informações sobre o autor:
1Unidad de Uroginecología, Institut Clínic de Ginecologia, Obstetrícia i Neonatologia (ICGON), Hospital Clínic i Provincial de Barcelona, ​​Barcelona, ​​España.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dor na vagina? Relato importante!


Que alegria, gente.

Ontem voltei a Dr. X, ginecologista que deu meu diagnóstico. Ela repetiu o mesmo exame que fez na primeira vez que eu fui lá. Ele consiste em tocar  as áreas de dor aguda onde a vulvodínia se manifesta. Na época, eu gritei de dor e chorei em cima da maca. Ontem, eu simplesmente não senti nada. Até perguntei se ela estava fazendo mais suave, com menos força, e nada.

Aproveitei para colher o preventivo, já esperando que quando o espéculo fosse aberto, doesse um pouco… e NADA.

Pela PRIMEIRA VEZ na VIDA eu fiz um preventivo sem dor.

Acho que não existem palavras para definir o que isso representa na vida de uma mulher depois de anos de dor física e psicológica.

A própria Dra. ficou com um sorrisão enorme, e disse:

-Estou impressionada com sua melhora, menina! Lembro de você chorando aqui no meu consultório!

Isso não significa que já eu esteja 100% curada. Na fisioterapia, fazemos procedimentos de maior pressão e atrito, o que ainda causam dor e queimação.

Aproveitei para tirar com ela diversas dúvidas sobre outras possibilidades de tratamento que volta e meia aparecem. Segundo ela, os únicos tratamentos oficiais e com resultados comprovados são os cuidados com higiene local, alimentação, medicação (antidepressivos tricíclicos ou anticonvulsivos) e a fisioterapia uruginecológica + biofeedback, que é o que há de mais moderno e com mais resultados mundo afora atualmente.

Sobre outros procedimentos, ela explicou:

-Botox: não existe ainda um número suficiente de pessoas e reaplicações para que se possa avaliar a eficiência e efeitos colaterais. Fora isso, pode provocar a atrofia dos músculos pélvicos.

-Laser: da mesma forma, ainda não existe número de casos suficientes para comprovação da eficiência e efeitos colaterais. Risco: provocar fibrose no processo de reconstrução do tecido local.

-Vestibulectomia: apesar de ser considerado um dos métodos mais eficientes, a cirurgia para a retirada do vestíbulo muitas vezes apenas transfere a dor de lugar. O ponto que doía antes, não dói mais. Mas a dor aparece em outra região do corpo, seja na vulva ou não! (MUITO LOUCO ISSO, não?)

-Retirada das Glândulas de Bartholin: Nem pensar! Mesmo que sua dor lancinante seja nesses pontos, elas são as maiores responsáveis pela nossa lubrificação.

Em suma: SOSSEGUE SUA PERERECA E CONTINUE COM A FISIOTERAPIA. Os estímulos em cada sessão vão aos poucos dessensibilizando a região e fazendo o tecido distinguir o toque do estímulo de dor.
https://vulvodiniatemjeito.wordpress.com

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A fisioterapia pélvica não trata apenas incontinência urinária mas também melhora a função sexual!











A sexualidade humana compreende aspectos físicos, psicológicos e culturais, que precisam funcionar em equilíbrio para que haja uma resposta sexual satisfatória.

Os aspectos físicos envolvem a capacidade de resposta ao estímulo sexual. Estão relacionados ao corpo físico, à funcionalidade e à integridade de todos os órgãos e estruturas que participam da resposta sexual, em especial aos músculos do assoalho pélvico, que tem grande importância no prazer sexual.

A região genital masculina e feminina é formada por conjuntos de músculos responsáveis pela nossa saúde urinária e sexual. Como qualquer outro músculo, precisam ser exercitados regularmente, para que se tonifiquem e recebam a irrigação adequada, resultando em saúde para desempenharem a sua função. A fisioterapia em sexualidade surge como uma aliada importante no tratamento das disfunções sexuais e no aprimoramento sexual, independente da idade.

Durante o tratamento, os protocolos incluem exercícios para os músculos da região, exercícios de conscientização corporal, respiração e orientações para mudanças no comportamento sexual, que trarão resultados gradativos e duradouros.
Os procedimentos são adequados para cada paciente, considerando queixas individuais ou do casal, se for o caso.

O treinamento é 100% natural, sem contraindicações.

Homens e mulheres podem se beneficiar com o treinamento dos músculos sexuais.

Para os homens:

- Reabilitação sexual pós prostatectomia radical
- Ereções mais rígidas e duradouras;
- Maior controle ejaculatório;
- Melhora na curvatura peniana;
- Orgasmos mais intensos;

Para mulheres:

- Orgasmos mais intensos;
- Estreitamento do canal vaginal (maior prazer sexual);
- Aumento da lubrificação vaginal;
- Melhora da dor e desconfortos na hora da penetração peniana
- Prevenção da queda dos órgãos pélvicos (útero, bexiga, intestino);
- Prevenção e auxílio no tratamento de incontinência urinária.

Raquel Neumann
Fisioterapeuta em sexualidade em Santa Catarina

Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta pélvica e sexual em Belo Horizonte


quinta-feira, 8 de maio de 2014

O que é Fisioterapia Pós-Parto?


Todas as mulheres, logo após o parto, deveriam ser acompanhadas por fisioterapeuta especializado, com o  objetivo de uma melhor recuperação, independente do tipo de parto realizado. Toda mulher precisa dessa assitência
imediata após o parto, mas infelizmente, no Brasil, poucas mulheres são orientadas para a importância desse trabalho.

Quais são as principais alterações que podem ocorrer nesse período?
Dor no local da incisão (cesárea, episiotomia ou laceração), edema, incontinência urinária, diástase abdominal.

Quais são os objetivos da Fisioterapia no pós-parto?
Pós-Parto inicial: reduzir edema, reduzir dor e prevenir aderências, trabalhar músculos do assoalho pélvico.
 Pós-Parto Tardio: avaliar existência de diástase do reto abdominal, aumentar a força e restaurar o tônus muscular, desenvolver força nos membros superiores paras os cuidados com o bebê. 

Todas as pacientes abaixo, fizeram menos que 10 sessões de fisioterapia e apresentam 2 a 4 meses de pós parto.




Dúvidas?
Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta
Especialista em saúde da mulher
Mestre em Ciências da saúde
Elainefisio1@hotmail.com

domingo, 9 de fevereiro de 2014

A sua vida sexual piorou após o parto?

 Realmente isso acontece com a maioria das mulheres após o parto, mas temos que pensar que sexo é ou tem que ser prazeroso para gente também! Se para alguém aqui o sexo nunca foi prazeroso ou mesmo com o passar do tempo não voltou ao normal, é importante que a mulher procure um sexólogo. As pessoas sempre pensam que o problema é somente psicológico, mas pode muitas vezes não ser.... Pode ser hormonal ou físico. Com a gravidez o músculo da vagina fica sobrecarregado, pois é ele que carrega todo o peso que esta concentrado no abdômen. O períneo ou assoalho pélvico é nosso chão pélvico composto por músculos que nos capacitam ter um parto normal. Mesmo com a cesariana esses músculos foram sobrecarregados e muitas vezes necessitam ser reabilitados. Assim como os músculos do nosso abdômen, coxa e braços precisam de exercícios, os músculos do períneo também precisam. Todas as mulheres precisam fazer exercícios para o períneo ou assoalho pélvico! Em BH temos um trabalho interdisciplinar maravilhoso nessa área!   

Fisioterapia pré-parto é eficiente no controle da Incontinência Urinária

Avaliação de um programa de preparação para o parto na dor lombo-pélvica, incontinência urinária , ansiedade e exercício físico: um estudo controlado randomizado.

Abstrato

TEMA:

Programas de preparação pré-natal são recomendados em todo o mundo para promover uma gravidez saudável e uma maior autonomia no trabalho de parto e parto, evitar o desconforto físico e altos níveis de ansiedade. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e segurança de um programa de nascimento preparação para minimizar a dor lombo-pélvica,incontinência urinária , ansiedade e aumentar a atividade física durante a gravidez, bem como comparar os seus efeitos sobre os resultados perinatais, comparando dois grupos de mulheres nulíparas.

MÉTODOS:

Um estudo controlado randomizado foi realizado com 197 mulheres nulíparas de baixo risco com idades entre 16 a 40 anos, com idade gestacional ≥ 18 semanas. Os participantes foram alocados aleatoriamente para participar de um programa de preparação para o parto (BPP; n = 97) ou um grupo controle (GC, n = 100). A intervenção foi realizada nos dias de consultas pré-natais, e consistiu de exercícios físicos, atividades educativas e instruções sobre exercícios a serem realizados em casa. O grupo controle seguiu uma rotina de pré-natal. Os resultados principais foram incontinência urinária , dor lombo-pélvica, a atividade física e ansiedade. Os desfechos secundários foram as variáveis ​​perinatais.

RESULTADOS:

O risco de incontinência urinária em participantes BPP foi significativamente menor com 30 semanas de gestação (BPP 42,7%, CG 62,2%, risco relativo [RR] 0,69, 95% intervalo de confiança [IC] 0,51-0,93) e na 36 ª semana de gravidez ( BPP 41,2%, CG 68,4%; RR 0,60 IC 95% 0,45-0,81). A participação no BPP incentivou as mulheres a exercer durante a gravidez (p = 0,009). Não houve diferença entre os grupos em relação ao nível de ansiedade, dor lombo-pélvica, tipo ou duração de parto e peso ou vitalidade do recém-nascido.

CONCLUSÕES:

O BPP foi eficiente no controle da incontinência urinária e para incentivar as mulheres a exercer durante a gravidez, sem efeitos adversos para as mulheres grávidas ou os fetos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Você tem dor pélvica (quadril)?



O que é Dor Pélvica ?

A dor pélvica é descrita como dor no abdômen, quadril, ou períneo e é considerada crônica quando os sintomas estão presentes há mais de seis meses .

O que causa a dor pélvica ?

Dor pélvica pode ser causada por problemas como a disfunção pélvica conjunta , desequilíbrio dos músculos do assoalho pélvico (períneo), tronco e / ou quadril , incoordenação nos músculos relacionados com a função do intestino e da bexiga, pontos dolorosos nos músculos do assoalho pélvico, a pressão sobre um ou mais nervos na pelve , e fraqueza nos músculos da pelve e do assoalho pélvico . Dor pélvica também pode estar relacionada com a presença de tecido cicatricial após cirurgia abdominal ou pélvica.

É importante consultar o seu médico para determinar totalmente a causa de sua dor.


Quais são os sintomas da dor pélvica ?

Os sintomas de dor pélvica , além de dor no abdome inferior e pelve , podem incluir: dor no quadril ou nádegas , dor no cóccix , baixa tolerância para ficar na posição sentada, dor nas articulações do quadril , dor na relação sexual , pontos dolorosos nos músculos do abdômen , amplitude de movimento reduzida no quadril e coluna lombar , freqüência urinária aumentada , urgência ou incontinência urinária , evacuações dolorosas e constipação.


Como a fisioterapia pode ajudar ?

Os fisioterapeutas treinados especificamente na área da saúde pélvica (Uroginecológica e obstétrica)
identificam os possíveis geradores de dor pélvica e desenvolvem um plano de tratamento específico para o
paciente que sofre de dor pélvica . Um fisioterapeuta treinado nesta área pode utilizar as técnicas manuais ou exercícios orientados para melhorar o recrutamento muscular específico. Outras estratégias de tratamento podem incluir biofeedback e treinamento postural.

By women´s Health - American Physical Therapy Association

Elaine Spinassé Camillato
Fisioterapeuta
Especialista Uroginecologia, obstetrícia e sexualidade 
Mestre em Ciências da Saúde
(31) 8801 6434