sábado, 23 de março de 2013
Disfunção Sexual nas mulheres!
BAIXO NÍVEL DE TESTOSTERONA NAS MULHERES PODE SER UMA DAS CAUSAS DA DISFUNÇÃO SEXUAL
DISFUNÇÃO SEXUAL OCORRE SEJA POR FALTA DE DESEJO, DE ESTÍMULO, DE ORGASMO OU PRESENÇA DE DOR
Ocupamos o sonhado espaço no mercado de trabalho. Estamos no comando de algumas das principais economias. Conseguimos uma visibilidade quase utópica anos atrás. Mas na cama, 46% de nós, mulheres, ainda relatam experiências de disfunção sexual, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a incapacidade de ter relações sexuais com satisfação. Cansaço, estresse, pouca sintonia com o parceiro, influência de medicamentos constantemente são citados para justificar a ausência de prazer. De fato, esses e outros tantos podem interferir no sucesso de uma relação. Mas uma pesquisa inédita do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG) veio somar causas e buscar novas abordagens para o problema.
A pesquisa “Avaliação da frequência de alterações hormonais em mulheres no menacme com disfunção sexual”, tema da dissertação de mestrado da ginecologista e sexóloga Fabiene Vale, revelou a relação dos baixos níveis de testosterona com desordens, que podem afetar o desejo, a excitação, o orgasmo e causar dor durante ou depois do sexo. Segundo a pesquisadora do HC, para uma função sexual adequada toda mulher precisa de androgênio – sendo a testosterona o mais importante. Os níveis do hormônio começam a diminuir a partir dos 20 anos, de forma lenta, até chegar à menopausa, quando há uma queda abrupta. “A novidade é a descoberta de mulheres em período reprodutivo, com 44 anos no máximo, com níveis de testosterona muito abaixo da normalidade e quadro de disfunção”, explica Fabiane.
Das 60 mulheres estudadas, entre 18 e 44 anos e com queixa de disfunção sexual, 75% apresentaram baixos níveis de testosterona, ou a síndrome de insuficiência androgênica feminina. Só foram incluídas na amostra pacientes sem problemas psicológicos, sociais ou no relacionamento, com o objetivo de permitir a observação isolada da influência das alterações hormonais. Nenhuma delas tomava medicamentos, que também poderiam influenciar. Todas as mulheres envolvidas na pesquisa são pacientes do Ambulatório de Sexologia Ginecológica do Hospital das Clinicas, que desde 2011 atende queixas sexuais como ausência do desejo sexual espontâneo ou mesmo após algum estímulo, falta de excitação e/ou dificuldade de lubrificação vaginal, dificuldade ou ausência de orgasmo e dor na relação sexual ou dificuldade de permitir a penetração, o chamado vaginismo.
Pesquisadora do HC Fabiene Vale explica que toda mulher precisa de androgênio para ter uma função sexual adequada
Para o coordenador do ambulatório e orientador da pesquisa, o professor do Departamento de Ginecologia Selmo Geber, trata-se da primeira pesquisa desenvolvida no ambulatório. “As mulheres com queixas sexuais geralmente estão infelizes e não tinham onde procurar ajuda no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, a mulher que não sente desejo e não tem orgasmos encontra esse atendimento à disposição. E como estamos em um hospital universitário, temos dados para pesquisas. O próximo passo é um estudo que busque alternativas de tratamentos”, adianta o ginecologista. Os mecanismos responsáveis pela resposta sexual feminina ainda não estão totalmente esclarecidos. Sabe-se que alterações anatômicas, desequilíbrios neuroendócrinos ou a diminuição dos hormônios sexuais podem levar à disfunção. Os fatores biológicos são apenas parte do problema, que envolve fatores psicológicos e sociais.
E.B.S., de 32 anos, vivenciou essa realidade. Casada há oito anos, foi diagnosticada com “Distúrbio do desejo sexual hipoativo, um dos tipos de disfunção sexual” (Veja quadro). “Durante um ano observei diminuição do desejo sexual e nos últimos meses perdi completamente a vontade de fazer sexo. Não tinha vontade nenhuma de começar uma relação e no último mês, antes de procurar ajuda, tive apenas uma relação, muito ruim. Tenho um ótimo relacionamento com o meu marido, ele é bom pai e ótimo companheiro, mas isso estava me deixando triste e ele insatisfeito”, relata. Depois de exames com dosagem de testosterona, foi confirmada a baixa nos índices do hormônio. A paciente passou por seis semanas de tratamento com medicação e terapia sexual. “Resgatei meu desejo sexual, estamos tendo quatro relações satisfatórias por semana. Melhorei a convivência com o meu marido também em outros aspectos.”
Gatilho do sexo As disfunções sexuais são os transtornos mais comuns da sexualidade, que incluem ainda os transtornos de preferência sexual e os transtornos de identidade sexual. Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o ato sexual se divide em desejo, excitação e orgasmo. Em todos eles a mulher pode sofrer bloqueios e/ou dor. Entretanto, é necessário que exista sofrimento para se fazer uma intervenção. Geralmente seis meses de evolução do quadro são necessários para fechar o diagnóstico de disfunção sexual. “Não se intervém na primeira semana. Em geral, é preciso avaliar o contexto e tratar também o contexto.”
O sexo, segundo a especialista, começa com um desejo. Esse é o gatilho que acelera a frequência cardíaca e respiratória, alterando também a pressão e a temperatura corporal. Tudo isso leva, no caso do homem, à ereção, e, no caso da mulher, à lubrificação da vagina. Essa fase é a excitação. Se tudo corre bem os parceiros chegam ao clímax de prazer, o orgasmo. A partir daí se entra na resolução do ato, ou saciedade, em que respiração e frequência cardíaca voltam aos níveis anteriores. Mas homens e mulheres passam de forma diferente por essas fases. O homem entra na relação com muito desejo e logo entra na fase de excitação, afinal seu estímulo é visual. O da mulher é auditivo, tátil, seu desejo vem com a proximidade. Daí a necessidade das preliminares. A resolução do homem é rápida, a da mulher paulatina.
Só 10% das mulheres têm desejo sexual espontâneo, a maioria precisa de um desejo responsivo para se excitar. A partir daí, a excitação é maior e ela chega a uma satisfação emocional e física. “A mulher não precisa iniciar o ato com desejo e se isso não ocorrer não significa que é uma disfunção. Não ter organsmo também não é, necessariamente, uma disfunção sexual. Ficar neutra durante o ato é possível sem que seja caracterizada a disfunção. A mulher precisa estar saudável física, emocional, cultural e socioeconomicamente, além de ter um parceiro. É isso que garante integridade e integração. E mulher precisa de estímulo. Ela tem outro perfil hormonal, neuropsicológico e psicossocial.”
Segundo Fabiene Vale, para quem deseja uma vida sexual saudável, carinho e companheirismo podem ajudar. Atualmente, o modelo mais aceito para explicar a resposta sexual nas mulheres reforça a importância da intimidade emocional com o parceiro e a satisfação da própria percepção de desejo e necessidade sexual. A ginecologista alerta não ser possível pelo estudo afirmar qual seria a prevalência desse problema na população em geral. Porém, é certo que seja alto o índice de mulheres afetadas por essa síndrome. “Por isso, é preciso tratar esse assunto como um problema de saúde pública”, defende a pesquisadora, que já prevê que o próximo passo será quantificar essas mudanças. “Com mais esse dado em mãos será possível propor uma melhor abordagem no tratamento”, comemora.
Tipos de disfunção
Distúrbio do desejo sexual hipoativo – Caracterizado pela falta de libido, a falta de vontade de fazer sexo mesmo diante de motivação. A paciente simplesmente não consegue ter desejo sexual. Essa é a disfunção mais comum.
Distúrbio da excitação – A mulher não consegue manifestações do corpo diante de um estímulo sexual. Pode ficar com a vagina seca, não ter ereção dos pelos e dos mamilos, nem taquicardia e aumento da frequência respiratória. O corpo não responde ao estímulo.
Distúrbio do orgasmo – Caracteriza-se pela não capacidade de atingir o orgasmo, o relaxamento completo da tensão sexual que dá satisfação e leva ao bem-estar e sensação prazerosa.
Disfunção da dor sexual – Pode ser por dispareunia, que é a dor durante o ato sexual, ou vaginismo, quando a mulher tem a impossibilidade da penetração devido a uma contração involuntária da musculatura pélvica. É comum em jovens que têm desej, mas não conseguem ser penetradas. O vaginismo não tem causa psicológica e é o mais fácil de tratar.
Carolina Cotta
Estado de Minas - http://goo.gl/PlON4
segunda-feira, 18 de março de 2013
Importante: Atividades esportivas podem causar disfunções do assoalho pélvico!
A prática de exercícios físicos é comum entre as mulheres devido a sua importância na prevenção de doenças, manutenção da saúde e bem estar. Porém alguns tipos de atividade, como aquelas de alto impacto, podem estar associados a disfunções do assoalho pélvico.
Em estudos nacionais e internacionais, observou-se uma alta prevalência de disfunções do assoalho pélvico em atletas jovens e nulíparas (mulheres que nunca tiveram filhos). A disfunção mais comum é a incontinência urinária e anal, mas também podem ocorrer prolapsos dos órgãos pélvicos, dor e disfunção sexual.
As atividades que parecem ter um maior efeito negativo sobre o assoalho pélvico são vôlei, basquete, ginástica, trampolim e atletismo. A fisioterapeuta Maria Beatriz Alvarenga de Almeida e seus colaboradores verificaram, em um estudo publicado em 2011, que o principal mecanismo relacionado às disfunções do assoalho pélvico seria o aumento repetitivo da pressão intra-abdominal, que causa sobrecarga sobre as estruturas que compõem o assoalho pélvico, podendo levar a deficiências funcionais desta musculatura, tais como fadiga e incoordenação muscular.
A incontinência urinária e anal causa impacto negativo na qualidade de vida das atletas, podendo atrapalhar sua concentração, induzir a redução da hidratação e até fazer com que a mulher deixe de praticar a modalidade esportiva.
A principal forma de prevenção e tratamento para estas disfunções é a Fisioterapia, com enfoque no treinamento dos músculos do assoalho pélvico. É fundamental que as mulheres jovens, praticantes de atividade de alto impacto, sejam informadas quanto às possíveis consequências da atividade física intensa sobre a função do assoalho pélvico e as possibilidades de prevenção e tratamento.
Renata de Oliveira Cangussu
Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
(31) 9537-6607
domingo, 10 de março de 2013
Fisioterapia pélvica!
FISIOTERAPIA PÉLVICA:
Importante para gestantes, crianças com disfunções miccionais, mulheres na menopausa, enfim, essa fisioterapia engloba a uroginecologia, urologia, coloproctologia, algias pélvicas e sexualidade é também considerada uma das profissões na fisioterapia que possui o maior número de evidências científicas que lhe dão reconhecimento nacional e internacional, tornando-se uma das primeiras opções de tratamento para as disfunções pélvicas. Possuímos uma clientela enorme, pois um terço das mulheres no mundo todo precisam de tratamento conservador relativo as disfunções pélvicas.
ELAINE SPINASSÉ
CAMILLATOFisioterapeuta
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia ou
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia ou
Fisioterapia pélvica
Mestre em Ciências da Saúde
http://fisioterapiapelvica.blogspot.com.br/
(31) 8801 6434
Mestre em Ciências da Saúde
http://fisioterapiapelvica.blogspot.com.br/
(31) 8801 6434
Fisioterapia na saúde da mulher e do homem: Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% da...
Fisioterapia na saúde da mulher e do homem: Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% da...: Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% das mulheres O distúrbio sexual é duas vezes maior nas mulheres com perda involuntá...
Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% das mulheres
Incontinência urinária afeta sexualidade de 53% das mulheres
O distúrbio sexual é duas vezes maior nas mulheres com perda involuntária de urina, de acordo com pesquisa da Unifesp
A perda involuntária de urina afeta de forma devastadora a qualidade de vida das pessoas. As mulheres, entretanto, são as mais prejudicadas, inclusive sexualmente, uma vez que esse problema é bem mais frequente no sexo feminino. Uma pesquisa realizada no Ambulatório de Disfunção Miccional do Hospital São Paulo/Hospital Universitário da Unifesp aponta que, entre as 163 mulheres sexualmente ativas avaliadas, com média de idade de 50 anos, 53% das que sofrem de incontinência urinária apresentam disfunção sexual. Esse índice foi duas vezes menor (23%) no grupo que não apresenta perda de urina (grupo controle). De acordo com Fernando Almeida, urologista e orientador da pesquisa – apresentada como tese de mestrado na Unifesp pela fisioterapeuta Mariana Rhein –, foram avaliados vários pontos relativos à sexualidade, entre eles, o desejo e a satisfação sexual, o conforto e a sintonia com o parceiro. “Em todos os parâmetros estudados em ambos os grupos, os resultados foram piores nas mulheres com incontinência”, afirma. “Principalmente porque, em 44% delas, há perda de urina durante a relação sexual, o que atrapalha não apenas o desejo como também orgasmo”. Muitas podem ser as causas da perda involuntária de urina. Entre elas estão fatores genéticos, obesidade, gravidez, pós-parto, cirurgias e traumas na região pélvica e problemas de bexiga hiperativa. "Mas, a mais comum ainda é a decorrente de esforço ou estresse”, afirma o urologista. Tratamento é simples e eficaz O medo e a vergonha de expor o problema ao especialista adia o tratamento, que é simples e eficaz em 90% dos casos, por até 10 anos. Fernando Almeida explica que o tratamento consiste, principalmente, no fortalecimento dos músculos da região pélvica com fisioterapia ou com uma cirurgia de baixo risco ao paciente. Fonte: site da Unifesp dgi.unifesp.br/comunicacao/noticias.php?cod=8875 |
terça-feira, 5 de março de 2013
Reportagem super interessante sobre Fisioterapia Pélvica!
ELAINE SPINASSÉ CAMILLATOFisioterapeuta
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
http://fisioterapiapelvica.blogspot.com.br/
(31) 8801 6434
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Fisioterapia Uro-ginecológica nas disfunções sexuais
A disfunção sexual é um problema que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Pode ser de origem orgânica ou psicológica, mas, independente disso, na maioria das vezes tem cura. Existem diversos tipos de tratamento, entre eles a fisioterapia uro-ginecológica, que trata homens e mulheres com vários tipos de disfunção sexual.
Os principais problemas de disfunção sexual feminina que podem ser tratados com a fisioterapia são a dispaneuria, ou seja, dores no momento da relação sexual, a anorgasmia (falta de orgasmo), o vaginismo, que é a dificuldade de relaxamento da musculatura vaginal no momento da relação e quando há a diminuição da lubrificação vaginal e mesmo da libido. O tratamento para as mulheres é realizado dependendo da causa do problema que se apresenta. Pode ser em nível vaginal (flacidez ou espasmo da musculatura da vagina) ou do clitóris (atrofia ou diminuição circulatória).
Já com os homens os principais problemas que são tratados com a técnica são a ejaculação precoce ou falta de controle ejaculatório e as dificuldades em manter a ereção. Para os homens, os mais indicados são os exercícios perineais. Eles são realizados com ou sem o auxilio de aparelhos de fisioterapia, destinados ao tratamento urogenital. São exercícios com nível de dificuldade graduados dependendo de força muscular que o paciente apresenta e o nível que ele possa atingir.
Além de tratar as disfunções sexuais, a fisioterapia uro-ginecológica tem um importante papel nos casos de incontinência anal (perda de fezes e/ou gases), incontinência urinária de urge-incontinência, que é a perda urinária diante de uma urgência miccional e incontinência urinária de esforço, que é a perda de urina em esforços, como carregar peso, tossir ou espirrar, tanto em homens quanto em mulheres. Nos homens a incontinência pode acontecer após cirurgias de próstata, de hérnia discal ou cirurgias pélvicas – esses casos podem ainda ser minimizados se o tratamento com fisioterapia for iniciado no pré-operatório. Na mulher a causa mais freqüente é a flacidez da musculatura pélvica que além da incontinência urinária, pode levar a mulher a apresentar queda de órgãos internos (bexiga e útero), que em casos leves a moderados podem ser tratados com a fisioterapia e em casos mais graves a fisioterapia deve ser feita no pré e pós-operatório.
Elaine Spinassé Camillato
Especialista em Uro-ginecologia e obstetrícia
Mestre em Ciências da Saúde
(31) 8801 6434
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